As doenças físicas provocadas pela tecnologia

Roseli Andrion14/02/2020 22h25, atualizada em 15/02/2020 22h00

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Todo dia é a mesma coisa: muitas horas em frente ao computador e várias outras olhando para o celular. Essa é a rotina de boa parte de nós. E, nos dias de hoje, é quase impossível se livrar dela.

O corpo humano não é preparado para se expor à tecnologia. E usá-la sem os devidos cuidados pode causar alguns malefícios às estruturas humanas com o passar do tempo. Afinal, atualmente ficamos muito mais tempo sentados, muitos de nós não fazem atividades físicas e nossas tarefas diárias são repetidas à exaustão.

Os olhos são um dos órgãos mais afetados pelo uso constante da tecnologia. Isso porque são eles que nos permitem ver as telas dos eletrônicos. E, por isso, são atingidos pela prejudicial luz azul que sai dos displays. E aí começam os problemas.

Além de sentir os olhos secos, quem usa muito o computador pode ter risco aumentado para doenças como catarata e degeneração macular. Outra consequência do uso intenso do celular, especialmente à noite, é a insônia.

As crianças podem ser afetadas por esses problemas desde cedo, já que têm contato com esses aparelhos cada vez mais precocemente. Existem estudos que apontam que, quando o uso ocorre antes dos sete anos de idade, pode haver até alteração na anatomia do olho. E isso pode levar a diferentes doenças oculares, como miopia, hipermetropia e outras. Para evitar que os pequenos desenvolvam essas e outras patologias, é essencial controlar o tempo de uso dos dispositivos.

Para os adultos, a boa notícia é que existem formas de prevenir e até minimizar a incidência das doenças oculares provocadas pela tecnologia.

Outra parte do corpo que sofre com o uso da tecnologia são os ossos, os músculos e os nervos. Com os movimentos repetitivos, por exemplo, é comum o desenvolvimento de doenças inflamatórias.

Um dos danos mais comuns é a lesão por esforço repetitivo, a LER. Não se trata de uma patologia nova: ela já existia quando a tecnologia atual nem estava presente no dia a dia, já que os trabalhadores de fábricas faziam tarefas repetitivas.

A diferença é que agora ela aparece em outros contextos. Crianças ainda em idade escolar e idosos que já estão curtindo a aposentadoria podem desenvolver LER pelo uso constante do celular, por exemplo.

E não são só as doenças inflamatórias, como a LER, que podem ser desenvolvidas. A má postura durante o uso dos aparelhos tem provocado outras enfermidades, muitas delas relacionadas com o pescoço e a coluna.

Como são expostas a esses perigos desde a infância, as crianças podem vir a ter sequelas no futuro. Por isso, é essencial que haja controle em relação ao tempo que elas passam nessas atividades.

Como é pouco provável que consigamos deixar de usar dispositivos tecnológicos completamente, vale a pena rever quanto tempo temos passado com eles. Como você tem lidado com esse dilema?

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital