Qualquer ajuda é bem vinda para quem luta contra o tabagismo. Controlar o vício é desafio diário de muita gente em todo o mundo. Vale tudo: terapias, adesivos de nicotina, chicletes, cigarros eletrônicos, remédios… e, mais recentemente, tecnologia. Diversos aplicativos prometem ser aliados na batalha contra o cigarro. E, nesse cenário com múltiplas escolhas, este app, desenvolvido por três jovens médicos ingleses, vem chamando atenção. A ferramenta surge com a gloriosa promessa de ajudar 1 bilhão de pessoas que ainda fumam diariamente em todo o mundo a largar definitivamente o vício.
Diferente da maioria das ferramentas tecnológicas existentes, além de ter sido criado por médicos, o tratamento através do aplicativo, segundo os responsáveis, é baseado em uma das melhores técnicas terapêuticas combate ao tabagismo; a Terapia Cognitiva Comportamental. Ao identificar gatilhos que levam a pessoa a fumar, tenta substituir a vontade com hábitos mais saudáveis e positivos. O aplicativo também traz vídeos animados, áudios e exercícios de relaxamento, além de um diário.
O tabagismo é um dos principais fatores de risco de morte precoce em todo o mundo. Mas para a especialista no tratamento do tabagismo, é muito difícil que uma única ferramenta digital, como o app, faça alguém realmente deixar de fumar. Mas, sim, pode funcionar em pessoas em que o nível de dependência de nicotina seja baixo.
Segundo um estudo da Imperial College of London, 36% dos usuários do aplicativo deixaram de fumar. Entre os que não pararam, 60% disseram ter reduzido a quantidade de cigarros fumados por dia. Hoje, 70% dos fumantes tentam parar; apenas 3% conseguem. O Roberto é um deles. Fumante há 34 anos, já tentou largar o vício mais de cinco vezes. Hoje, fuma um maço de cigarros por dia…
Aqui no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, outra tecnologia está sendo avaliada para ser usada na guerra contra o cigarro. O novo tratamento seria através deste capacete de estimulação eletromagnética intracraniana. O nome parece assustador, mas a técnica já usada para tratar outras doenças pode ajudar os dependentes brasileiros a partir de 2020, quando se encerram os estudos.
O desenvolvimento do método ainda está em andamento; em fase de testes. A perspectiva é que o uso do capacete seja uma nova forma de tratamento com até 40% de sucesso.