Ao que tudo indica, o futuro que Mark Zuckerberg enxerga para o Facebook realmente não tem muito a ver com o atual formato da rede social. Muitos começam a afirmar que o desenho seria mais próximo de um super aplicativo chinês, chamado WeChat – controlado por uma empresa chamada Tencent. O WeChat não tem muito a ver com o Facebook atual; ele se parece muito mais com um WhatsApp vitaminado. O aplicativo é uma das mais importantes propriedades digitais da China, e conta com cerca de 1,1 bilhão de usuários. O que parece ter acendido a luz amarela na cabeça de Mark Zuckerberg é que o modelo de negócios atual do Facebook é totalmente dependente da publicidade online que, por sua vez, se acostumou a depender da coleta intensiva de dados dos usuários. O problema é que esse modelo está cada vez mais na berlinda, e já sofre pressões tanto dos próprios internautas, quanto de governos que enxergam desrespeito à privacidade individual. Novas leis, como a de proteção de dados Europeia, por exemplo, podem tornar o futuro ainda mais complicado para o tipo de negócio criado por Mark Zuckerberg.
Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital