Um pacote deixado no ponto mais movimentado de Nova York, a Times Square. Vários quarteirões interditados. A suspeita é que um pacote pode conter uma bomba. A tecnologia necessária e a preparação policial para lidar com esse tipo de ocorrência tem que ser específica e certeira. Em tempos modernos, cenas assim saíram dos filmes de ação e entraram para a vida real. E para lidar com esse tipo de situação, forças policiais do mundo todo tiveram que se especializar. Em São Paulo, um grupo assim foi criado dentro da polícia em 1988
E não tem faltado trabalho para a unidade. Até setembro deste ano, o esquadrão registrou cerca de 200 ocorrências tanto na capital paulista quanto em cidades do interior. Os explosivos são usados em assaltos a bancos ou simplesmente são deixados em determinados lugares podendo ser alguma ação terrorista. E um dos maiores auxiliares do trabalho dos policiais que enfrentam esses perigos é um bom exemplo de pura tecnologia. Uma tecnologia que já completou 30 anos: os robôs antibomba. Esse aqui, é um robô canadense que custa em média 300 mil dólares. Ele é usado em buscas e varreduras. Com um braço manipulador, ele consegue carregar artefatos explosivos além de acoplar equipamentos à sua própria estrutura. O robô tem 5 câmeras e pode andar em diferentes terrenos. A comunicação é feita por radiofrequência ou via cabo.
Outro equipamento usado pelo esquadrão é esse canhão disruptor. A função é lançar líquidos nos objetos potencialmente explosivos. A água é um dos líquidos mais comumente usados, mas outras substâncias também podem ser empregadas, dependendo da situação. O canhão pode ser acoplado ao robô, para garantir distâncias seguras para os policiais.
A gente já se acostumou a ver esse traje em cenas do cinema. Na vida real, sua primeira função é proteger contra o calor, já que uma explosão pode passar dos 3.000 graus celsius. Ela também é preparada para proteger o policial contra pressão e contra o impacto que um explosivo pode produzir. O traje vem integrado a um controle que comanda a comunicação, a iluminação e a ventilação do seu interior. O esquadrão antibombas possui 5 trajes como esse e cada um custa em torno de 30 mil dólares.
Outro exemplo de aparelho tecnológico desenhado para garantir a segurança dos especialistas é esse braço robótico: sua função é aumentar a distância entre o operador e o explosivo. Ele alcança até 3 metros de comprimento e é usado para fazer a remoção e movimentar artefatos.
Fechando o conjunto de ferramentas tecnológicas usadas pelo esquadrão antibombas, chegamos aos aparelhos de raio-x. Esses aqui são super precisos e conseguem oferecer aos policiais uma boa visão e um ideia aproximada sobre que tipo de substâncias e materiais podem estar escondidos dentro de um pacote que pode conter uma bomba.
Todos esses equipamentos já estão à serviço da polícia há algum tempo. A evolução deles, vai, é claro, na direção de robôs que sejam capazes de lidar com objetos suspeitos com a mesma habilidade que um especialista humano. Aliás, essa pode ser uma das primeiras áreas em que os famosos robôs da Boston Dynamics podem ser empregados.
Ainda falta bastante para que uma máquina consiga substituir um ser humano nesse trabalho. Mas, essa é uma área em que essa substituição vai ser festejada por todos.