Windows vai remover softwares ‘otimizadores’ falsos que assustam usuários

Renato Santino31/01/2018 19h28, atualizada em 31/01/2018 19h30

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Existem, infelizmente, muitos softwares aparentemente legítimos no Windows que usam de práticas desonestas para fazer seus usuários pagarem por uma versão “PRO”. Agora a Microsoft, por meio do Windows Defender, começará a combater e remover esses aplicativos que utilizem a tática do medo para assustar seus usuários a desembolsar uma quantia.

A empresa está direcionando esforços em um foco específico. O alvo são aqueles programas que normalmente são baixados gratuitamente e prometem diagnóstico e solução de problemas, muitas vezes inexistentes, que estariam causando lentidão na máquina. Contudo, após cumprir sua função básica, o software começa a alertar seu usuário de problemas mais graves, que só podem ser solucionados com a versão mais avançada.

Essa tática é conhecida como scareware; são programas que, em vez de oferecer um serviço legítimo ao usuário, tentam dar nele um susto grande o bastante para incentivá-lo a pagar por um produto.

Com a nova visão da Microsoft, o software que for considerado coercitivo pela empresa pode ser punido e removido de computadores pelo Windows Defender. A empresa considera comportamento abusivo os alertas que exageram riscos, avisos de que a única forma de corrigir o problema é pagando uma versão mais avançada ou mensagens de que o usuário precisa agir dentro de um período limitado de tempo. O Windows Defender também penalizará pagamentos diretos e a orientação a usuários responderem a pesquisas ou se cadastrarem em newsletters como forma de compensação pelo serviço.

Esse tipo de prática já existe no Windows há décadas e aparece em diversos formatos. Em sua modalidade mais inocente, o programa não faz nada maligno ao perceber que o usuário não vai ceder à ameaça. No entanto, o software pode recorrer a técnicas mais agressivas, que podem incluir a remoção de arquivos e registros importantes do sistema operacional para causar transtornos reais como forma de “provar” seu benefício.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital