Uma pesquisa realizada pela empresa de segurança Symantec mostra que quase metade das pessoas que usam sites e aplicativos de namoro são vítimas de spams e chantagens. O estudo entrevistou mais de 3 mil pessoas que utilizam esse tipo de serviço em toda a Europa.
Os resultados mostram que grande parte dessas pessoas é vítima de chantagens, pornografia de vingança e até roubo de dinheiro por parte de parceiros que assumem identidades falsas.
A pesquisa revela que quase metade (48%) dos entrevistados havia recebido mensagens de spam e golpes de outras pessoas em sites de namoros. Cerca de 32% receberam pedidos de dinheiro das pessoas com quem conversaram e 28% foram enganados por pessoas que assumiram falsas identidades – roubando imagens e vídeos de outras pessoas. 32% dos participantes também foram ameaçados com fotos que compartilharam com outras pessoas e 11% tiveram suas imagens compartilhadas sem consentimento.
Por que essas pessoas?
De acordo com especialistas, esse público é mais suscetível aos ataques por descuido. “Quando as pessoas entram nos sites e apps para procurar o amor, elas podem não ser tão vigilantes quanto poderiam estar em outro lugar. Elas olham tudo pelo lado do bem ao invés do mal”, explica Nick Shaw, diretor europeu da divisão Norton, da Symantec.
A professora Monica Whitty, da Universidade de Leicester, estudou usuários de sites de namoro on-line que foram enganados, e afirma que os vigaristas trabalham duro para conquistar rapidamente a confiança das vítimas. Muitas vezes, segundo ela, eles tentam mover a comunicação para fora do site de encontros, para criar laços mais estreitos.
“Lista de otários”
A professora conta que muitas vezes, as pessoas que são enganadas facilmente são colocadas em uma “lista de otários”, vendida on-line para outros grupos que podem ir atrás da mesma pessoa.
Os especialistas afirmam, no entanto, que não é preciso entrar em pânico. “O número real de pessoas que estão sendo enganadas é relativamente pequeno, mas é preciso estar ciente disso. Muitas vezes, a coisa mais importante não é a perda de dinheiro, é a perda de valor pessoal e o efeito sobre a sua família”, explica Tony Neate, diretor-executivo da campanha Get Safe Online.
Via BBC