Ontem, domingo, dia dia de eleições municipais por todo o Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral enfrentou um novo problema. Apesar de dizer durante a semana que não havia sido alvo de um ataque, hackers vazaram uma série de informações internas do tribunal para demonstrar a vulnerabilidade. 
 
O vazamento foi exposto por um grupo que se intitula como CyberTeam. Segundo eles, a exposição é apenas uma forma de desmentir o tribunal, que diz não ter sofrido ataque, e afirmar que os investimentos em cibersegurança do Estado brasileiro não estão surtindo os efeitos esperados. Os dados divulgados mostravam a estrutura de banco de dados do TSE, mas não expuseram dados de cidadãos. 
 
Nesta segunda-feira, a SaferNet, organização não governamental que atua junto ao Ministério Público Federal no monitoramento de fraudes no processo eleitoral cometidas pela internet, afirmou que o recente ataque hacker sofrido pelo TSE não teve nenhum impacto na contagem de votos das eleições municipais. Segundo a organização, o ataque de negação de serviço foi uma ação premeditada, executada antes das eleições, mas publicada apenas no dia delas a fim de minar a credibilidade do TSE. 
 
Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, disse que o atraso na contagem dos votos se deu por conta de um problema no processador de uma máquina usada para totalizar os resultados da votação, desmentindo assim qualquer relação entre o caso e os ataques sofridos.