O Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira, 6, que vai usar câmeras e um app para smartphones para monitorar o trabalho da Polícia Militar. O aplicativo transforma o smartphone em uma câmera com GPS. Em tempo real, o vídeo e a localização dos policiais pode ser acessada peles seus superiores em um PC. Batizado de ‘Smart Policing’, o aplicativo estará disponível em duas semanas na loja de aplicativos do Android e, em breve, na da Apple.

O programa foi desenvolvido pelo Instituto Igarapé, em conjunto com o Google Ideas. Por enquanto, a novidade será testada com 12 policiais em ciclos de 24 horas. “A meta é que até 100 agentes usem as câmeras nessa fase e depois isso seja incorporado por todos os policiais “em cinco ou dez anos”, conta Robert Muggah, diretor de pesquisas do Igarapé.

Privacidade
A ferramenta, criada para evitar abusos dos policiais, tem levantado críticas de alguns usuários preocupados com a privacidade e receosos de que o conteúdo gravado caia em mãos erradas. “A maior parte da população aprova a iniciativa, o sistema é altamente seguro e a informação é criptografada, mas nossas pesquisas mostram que uma parte dos cidadãos está preocupada com sua privacidade”, afirma Muggah.

Polícia
O aplicativo gera desconforto também entre os policiais. Segundo o pesquisador, muitos oificiais têm medo de que sua privacidade seja invadida e que conversas pessoais se tornem públicas. O diretor de pesquisas explica que a maior parte desses problemas pode ser resolvida com diálogo e treinamento.

Questionado sobre a possibilidade de que o equipamento seja desliguem ou quebre, Muggah explica: “Não podemos prevenir que policiais destruam o aparelho ou tirem sua bateria, mas é possível detectar quando e onde isso acontece”.

Segundo o diretor, é possível que os policiais tenham que enviar uma explicação imediatamente quando o dispositivo for desligado.

Veja como funciona a tecnologia:

Via Época