“Senha incorreta”. Se você usa a internet, provavelmente já viu essa frase mais vezes do que gostaria. Por mais que existam maneiras de amenizar um pouco o problema de esquecer suas senhas, a necessidade de lembrá-las continua sendo uma constante na internet.

Naturalmente, a frequência com que usuários esquecem senhas pode gerar problemas. E muitas empresas grandes, como o Google e a Microsoft, estudam atualmente maneiras de substituir as tradicionais palavras de acesso por outros métodos de autenticação.

A maioria deles envolve alguma forma de autenticação biométrica, como impressões digitais ou escaneamento de íris. Mas além dessas opções mais conhecidas, uma série de alternativas bastante curiosas para senhas também vem sendo pesquisada. Confira abaixo:

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Selfies

Se computadores já são capazes de identificar nossos rostos em fotos, por que não usar isso para substituir senhas? Essa é uma das ideias que empresas como a MasterCard estão explorando para autorizar pagamentos. Na hora de completar uma transação, basta o usuário tirar uma selfie com o smartphone para confirmar que é ele mesmo. Para evitar que outras pessoas usem uma foto do dono da conta para burlar o sistema, a Amazon também avalia exigir que o usuário dê uma piscadinha para fechar o negócio.

Pílulas

Engolir pílulas pode não ser muito legal, mas pode ser melhor do que precisar memorizar senhas. Alguns anos atrás, a vice-presidente de projetos e tecnologia avançada do Google, Regina Dugan, descreveu um sistema que permitia autenticação digital por meio de pílulas. Funciona assim: a pílula, após ser ingerida e se misturar com ácidos estomacais, emitiria um sinal que se conectaria a computadores. Assim, apenas pessoas que a tivessem ingerido poderiam ter acesso a determinadas áreas ou sistemas.

Tatuagens digitais

A mesma Regina Dugan do Google que conceitualizou o método anterior também teve outra ideia interessante para substituir senhas: tatuagens digitais temporárias. Elas seriam adesivos feitos com circuitos e sensores flexíveis, e poderiam ser usadas por até uma semana. Na época, elas estavam sendo feitas em parceria com a empresa MC10.

Dispositivos vestíveis

Aparelhos como o Apple Watch conseguem coletar uma série de informações biométricas sobre o usuário, tais como padrões de sono e ritmo cardíaco. O próximo passo seria utilizar esses dados para identificar pessoas. Afinal, ritmos cardíacos possuem variações pequenas que, acumuladas, podem ser usadas ao menos para identificar negativamente pessoas. Mas além disso, empresas como o Google também avaliam a criação de “anéis criptografados” para substituir as senhas. Esses aparelhos dariam acesso digital a sites e serviços para qualquer pessoa que estivesse usando-os.

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Implantes

Pode parecer bastante radical, mas já existe um procedimento que permite implantar um pequeno chip de RFID debaixo da pele. Assim, qualquer sistema de identificação por radiofrequência pode reconhecer instantaneamente a pessoa. Numa analogia grosseira, esse processo seria semelhante a implantar o seu crachá do trabalho ou o seu bilhete único debaixo da pele.

Sua voz

Após aparecer em inúmeros filmes de ficção científica, a identificação de pessoas por voz pode se tornar uma realidade no futuro. Na Grã-Bretenha, o HSBC já utiliza um sistema de identificação por voz em sua linha de atendimento telefônico. Ele analisa o ritmo, a cadência e a pronúncia do falante para saber com precisão se a pessoa que está ligando realmente é quem ela diz ser. E mesmo um imitador profissional não conseguiria copiar a “impressão vocal” de outra pessoa bem o suficiente para burlar o sistema.

Seu ouvido

Assim como as nossas impressões digitais e as nossas íris, as nossas cavidades auriculares – os canais de dentro do nosso ouvido – são únicos. Com um fone de ouvido especial, seria possível emitir um sinal para dentro do ouvido e, a partir das reverberações do som, identificar o formato preciso do canal (e, com isso, a pessoa). A empresa japonesa de tecnologia NEC espera disponibilizar esse método de autenticação dentro dos próximos anos.

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Suas ondas cerebrais

Além de olhos, dedos e ouvidos únicos, todos nós também temos padrões de atividade cerebral completamente impossíveis de se imitar. Pesquisadores da Universidade de Binghamton conseguiram desenvolver um método de captar essa “impressão cerebral” das pessoas e, em seguida, usá-la como método de identificação. O processo demora algum tempo e exige o uso de eletrodos, o que torna improvável que ele um dia chegue a smartphones, por exemplo, mas a tecnologia ainda poderia ser usada para centros de pesquisa militar ou locais que guardam informações sigilosas.

A forma como você anda

Outra maneira de substituir senhas em situações de acesso a locais seria analisando o andar das pessoas. As peculiaridades da maneira como andamos são suficientes para nos identificar. Um dispositivo como um bracelete ou tornozeleira poderia registrar informações sobre nossa caminhada e usar esses dados como método de autenticação. De maneira semelhante, uma câmera semelhante ao Kinect também conseguiria reconhecer pessoas assim.

A forma como você senta

No Japão, alguns pesquisadores estão avaliando uma forma bastante curiosa de identificação biométrica: o traseiro das pessoas. Eles criaram um tapetinho especial com sensores que consegue avaliar a forma como a pressão é distribuída sobre ele (ou seja, o formato do traseiro). Por mais estranho que pareça, ele poderia ser integrado a carros, por exemplo, para impedir que eles fossem dirigidos por qualquer pessoa cujo traseiro não fosse previamente cadastrado.

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A forma como você digita

Não importa qual senha voce digite, a forma como você a digita já é suficiente para identificar você. Pesquisadores da DARPA há muito tempo avaliam a possibilidade de identificar usuários de computadores com base na maneira como eles teclam: quão rapidamente eles digitam e quanto tempo eles seguram cada tecla, por exemplo. Seria um método de autenticação bastante seguro, já que imitar a maneira como uma pessoa digita é ainda mais difícil que adivinhar sua senha.

via Business Insider