Rede elétrica da Rússia está sendo espionada pelos EUA

O Comando Cibernético dos EUA está realizando diversas incursões pela infraestrutura elétrica da Rússia. Eles estariam monitorando em busca de qualquer sinal de irregularidade
Luiz Nogueira17/06/2019 11h59, atualizada em 17/06/2019 12h10

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O Comando Cibernético dos Estados Unidos fez uma série de incursões na infraestrutura elétrica da Rússia nos últimos meses, de acordo com uma reportagem do The New York Times. As autoridades com quem a publicação teve contato, caracterizaram as medidas como um alerta para a Rússia de que os EUA estão dispostos a operar de forma mais agressiva para deter potenciais ataques cibernéticos.

Um alto funcionário de Inteligência disse ao Times que “ficou muito mais agressivo no ano passado”, se referindo à todas as incursões dos EUA ao sistema russo. Além disso, ele declarou que estão “fazendo coisas em uma escala que nunca vimos”. Os esforços equivalem ao que é descrito como uma “presença persistente” dentro da infraestrutura da Rússia, e não há indicação de que os EUA tenham lançado qualquer tipo de ataque.

Autoridades dizem que os EUA estão sondando a rede elétrica do país desde 2012, e que esses esforços aumentaram significativamente nos últimos meses. Antes, os EUA estavam apenas monitorando a rede em busca de qualquer sinal de irregularidade. Agora, eles estão enviando “um malware potencialmente incapacitante dentro do sistema russo em uma profundidade e com uma agressividade nunca antes experimentada.”

Autoridades norte-americanas falaram sobre a necessidade de lançar um ataque cibernético contra o governo russo se houver necessidade. O Times diz que o Comando Cibernético não descreveu quais ações ele ações o governo tomou com sua nova abordagem. Eles também observaram que a agência pode realizar operações com a autorização do Secretário de Defesa, sem a aprovação do Presidente.

As ações recém-reveladas se assemelham aos ataques que o Cyber Command realizou em novembro de 2018 para derrubar as operações de trolls ligadas ao Estado, antes das eleições. Essas operações supostamente deixaram o grupo de trolls offline e incapazes de acessar a internet, e foi uma das ações mais agressivas tornadas públicas depois que o Departamento de Defesa autorizou o Command a fazer mais campanhas ofensivas.

Os esforços parecem fazer parte de um movimento do governo Trump para desencadear ataques potenciais, demonstrando que os EUA estão dispostos a realizar um ataque cibernético. Em uma conferência no início desta semana, o conselheiro de segurança nacional, John Bolton, disse que os EUA estão dando uma resposta contra os que se intrometeram nas eleições do ano passado, e que estão dispostos a usar diversas ferramentas para conseguir isso.


Via: The Verge

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital