Ninguém mais se esconde da América; pelo menos quem precisar pegar um avisão. O Departamento de Segurança dos Estados Unidos afirmou que pretende identificar por reconhecimento facial 97% dos passageiros de todas as linhas aéreas que operam no país nos próximos quatro anos. O sistema, que envolve fotografar as pessoas antes do embarque, começou em 2017. E, no final do ano passado, já estava em operação em 15 aeroportos dos Estados Unidos. Além das questões de segurança, a ideia é criar uma “saída biométrica” para identificar aqueles que estão no país com o visto vencido. Desde a introdução do sistema atual, o reconhecimento facial identificou sete mil passageiros que ultrapassaram seus vistos nos 15 mil voos rastreados. Estima-se que mais de 600 mil pessoas permaneçam além da permissão dos seus vistos nos Estados Unidos todos os anos – o que, se for pego, leva a uma proibição de 10 anos de entrar no país. Claro, já tem muita gente reclamando e dizendo que esse banco de dados com milhões de retratos é uma grande ameaça à liberdade civil. Por outro lado, depois de tudo o que os Estados Unidos passaram com ataques terroristas, seria fácil compartilhar as informações com agências de segurança, transformando o reconhecimento facial em uma ferramenta poderosa de busca para todas as forças da lei.
Redação é colaborador(a) no Olhar Digital