Quais são práticas de segurança da informação que devo ter em casa?

Conversar com os filhos sobre o uso da internet de forma segura é uma das dicas
Liliane Nakagawa14/10/2019 18h33

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Hoje em dia, a vida familiar está ligada à internet. É por meio do mundo digital que todos brincam, se comunicam e até mesmo brigam. Quem nunca teve uma discussão no grupo do WhatsApp? Muitas vezes, a maior parte do contato com os filhos é por meio de mensagens em aplicativos, além de fotos e vídeos. Mas, toda modernidade deve ser levada com precaução, e, principalmente, diálogo. Daí entra a necessidade de, tanto os pais quanto os filhos, adotarem boas práticas na internet como forma de prevenir riscos e também se proteger.

Redes Sociais

O primeiro assunto que vem à mente quando se fala em segurança da informação da família é com relação à alta exposição nas redes sociais. Em um momento em que todos os dados são compartilhados, os pais também não estão imunes. Na sociedade moderna, não há quem não conheça os famosos stalkers, não é mesmo? A série “You”, sucesso da Netflix, retrata bem essa realidade, por exemplo.

A internet oferece muitas ferramentas para armazenar e coletar informações confidenciais. A conscientização é o primeiro passo para manter a segurança no ambiente domiciliar e para proteger a família de indivíduos que tentam acompanhar de perto cada passo que é dado na internet.

As crianças já nasceram e cresceram em frente à tela do computador e com conexão à internet em todo lugar. Mesmo que alguns pais tenham incorporado esse hábito posteriormente, devem monitorar o que as crianças acessam por meio do diálogo, da tecnologia e da educação. Uma forma de fazer este controle é com filtros de acesso a sites e aplicativos de acordo com a idade de cada criança.

Evitar aceitar pessoas desconhecidas nas redes sociais, por mais que possa ser uma dica antiga, ainda é bastante válida. Os pais também têm a função de zelar pela privacidade dos filhos, por isso não devem expor as crianças de uniforme escolar. É aconselhável também evitar fotos de grupos de crianças, especialmente sem a autorização de seus pais, ou lugares que os pequenos frequentam sempre, como escolas de idiomas ou outras aulas extracurriculares, que mostrem muitos detalhes sobre a rotina da criança. Além disso, manter as contas privadas é uma necessidade de todos.

Correntes de WhatsApp

Todo mundo tem aquele famoso grupo da família no WhatsApp, que é bastante movimentado o dia inteiro com várias mensagens de diversos assuntos. O que parece ser inofensivo também pode apresentar um risco para todos os familiares. Uma pesquisa do Datafolha do ano passado mostrou que 47% das pessoas acreditam das notícias que recebem pelo aplicativo de mensagem. Desses, os que responderam que acreditam muito são 6%. Já os que disseram que acreditam um pouco são 41%. Isso significa que muitas pessoas creem no que recebem pelo WhatsApp.

Em muitos casos, no entanto, o conteúdo compartilhado pode não ser verídico (fake news) ou até conter algum malware que roube os dados dos usuários.

Mensagens como “repasse essa informação para 10 pessoas”, ou “clique aqui e ganhe um produto x”, devem ser verificadas em mais de uma fonte. Uma dica é ver se aquela informação foi publicada em grandes portais de notícias. No caso de promoções, procure a marca em seus canais oficiais e pergunte sobre a campanha que viu. Na dúvida, sempre desconfie.

Antivírus atualizado

Mantenha sempre o antivírus e o sistema de seu computador ou celular atualizados. Muitas vezes acreditamos que só ter uma solução de segurança em casa instalada já é o suficiente. Muitos cibercriminosos criam vírus para ocupar brechas e defeitos do sistema, e assim, prejudicar os usuários.
Por isso, os desenvolvedores costumam fornecer atualizações ou correções de software para melhorar a usabilidade, segurança ou performance. Com essas práticas e o uso responsável da internet, toda a família pode utilizar a tecnologia de forma segura.

Liliane Nakagawa é editor(a) no Olhar Digital