O Tor é uma ferramenta neutra. É um serviço que promete navegação anônima e privada pela internet e acesso a sites que não seriam acessíveis de quaisquer outras forma (a Deep Web). Ele é mantido por organizações legítimas que defendem seu papel democrático de superar a vigilância e permitir liberdade de expressão em ambientes opressores. No entanto, ele é usado para o crime, mesmo.

É a conclusão tirada de um artigo de dois pesquisadores da King’s College em Londres. Os resultados do estudo concluem que o uso mais comum dos sites nos serviços ocultos do Tor são criminais, “incluindo drogas, transações e pornografia envolvendo violência, crianças e animais”, explicam Daniel Moore e Thomas Rid.

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Durante um período de 5 semanas, a dupla analisou os serviços da rede Tor, encontrando 5.205 sites ativos, entre os quais 2.723 puderam ter seu conteúdo classificado. Destas páginas, 1.547 hospedavam conteúdo ilegal, totalizando cerca de 57%.

Para fazer os testes, os pesquisadores usaram um script web crawler, que funciona de forma parecida com o indexador do Google. O script entrava em sites ocultos conhecidos e encontrava outros links para sites da deep web; em seguida, o conteúdo destas páginas era analisado e classificado em categorias por um algoritmo.

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Os pesquisadores reconhecem, no entanto, que podem existir muito mais sites que não foram encontrados por não estarem indexados nas páginas de referência da Deep Web. No entanto, o objetivo deles foi exatamente esse: descobrir o conteúdo que é mais facilmente acessível para uma pessoa comum na rede oculta. Neste caso, a maioria do material é criminoso.

Via Motherboard