Uma operação policial de escala nacional cumpriu nesta segunda-feira, 45 mandados de prisão contra uma quadrilha especializada no cibercrime, suspeita de roubar até R$ 30 milhões com fraudes bancárias. As detenções foram realizadas em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia, além do Rio de Janeiro.
Esta é a segunda etapa de uma operação chamada Open Doors, que foi desencadeada em agosto de 2017. As autoridades apontam que 237 pessoas estiveram envolvidas com o esquema de fraude, que visava enganar pessoas comuns com técnicas conhecidas como “phishing”.
Para quem não está familiarizado com o termo, o phishing é uma técnica do cibercrime que envolve contatar uma pessoa por email ou aplicativos de mensagem se passando por uma empresa. Neste caso específico, a vítima recebia um link falso em nome de instituições bancárias e era orientada a atualizar suas senhas. Ao acessar essa página falsa e digitar seus dados, os hackers ganhavam acesso aos dados de número da conta e senha, o que permitiria fazer transferências sem autorização.
No entanto, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, a quadrilha também operava de uma outra forma, que envolvia ligar diretamente para as vítimas se passando por funcionários de bancos para obtenção de dados pessoais. Este golpe atingiu funcionários do setor financeiro de grandes empresas e em alguns dos casos rendeu a R$ 500 mil à quadrilha.
Os investigados foram denunciados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Rio de Janeiro pela prática de crimes patrimoniais, com subtração de valores das contas bancárias por meio de transações fraudulentas, além de lavagem de dinheiro e organização criminosa.