Raquel Dodge quer mais informações sobre ataque hacker a procuradores

Em ofício, procuradora-geral da República solicita esclarecimentos sobre os ataques cibernéticos sofridos por procuradores e sobre a invasão do Telegram
Luiz Nogueira13/06/2019 12h00, atualizada em 13/06/2019 12h30

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Raquel Dodge, procuradora-geral da República, nesta quarta-feria (12), solicitou que a Polícia Federal instaure um inquérito para definir a origem dos ataques cibernéticos sofridos por integrantes do Ministério Público Federal. Além disso, o ofício, enviado ao diretor geral da PF, Maurício Valeixo, também solicita informações sobre a investigação de invasão do aplicativo Telegram, usado por procuradores.

Uma nota publicada no site da Procuradoria Geral da República, afirma que: “Em outro ofício, também encaminhado ao diretor-geral nesta quarta-feira, Raquel Dodge solicitou à Polícia Federal a instauração de inquérito policial para apurar a invasão à conta do Telegram no celular institucional utilizado pelo conselheiro Marcelo Weitzel, do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).”

Supostas mensagens, que são do aplicativo Telegram, foram divulgadas no último domingo (9) pelo site Intercept Brasil. Há mensagens trocadas entre procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o Coordenador da força-tarefa no Paraná, Deltan Dallagnol, e o então juiz responsável pelos casos da operação, e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.

As mensagens indicam que Dallagnol estava colaborando com Moro, inclusive fornecendo pistas sobre como prosseguir com a investigação. Dallagnol nega qualquer irregularidade em suas conversas e garante que os celulares dos procuradores da Lava Jato em Curitiba foram alvos do ataque de algum hacker, que divulgou essas mensagens.

Para entender como essa invasão pode ter ocorrido, o Olhar Digital fez uma publicação que lista as maneiras como os hackers podem ter obtido as informações do celular de Moro. O Telegram, por sua vez, não negou que houve um ataque em seus sistemas, mas reconhece que as mensagens podem ter vazado por conta de um malware ou por alguém não ter utilizado a verificação de duas etapas no aplicativo.

Via: Reuters

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital