Um caso de sequestro relâmpago envolvendo a Uber está deixando os usuários do aplicativo de transporte preocupados. A Polícia Civil está investigando um incidente ocorrido em São Paulo em que uma mulher foi sequestrada após solicitar e entrar em um carro vinculado à empresa.

O caso aconteceu na zona sul da cidade, próximo do bairro Vila Olímpia, na última quarta-feira, 1. A vítima solicitou um veículo da categoria UberX (modalidade não compartilhada) e foi informada de que um Hyundai Elantra estava a caminho.

Quando o carro chegou, a mulher entrou, fechou a porta e foi surpreendida por um homem armado que estava escondido agachado no banco do passageiro. Outro, também com uma arma, estava no porta-malas. Durante o trajeto, os criminosos buscaram ainda outro assaltante.

De acordo com a mulher, os criminosos fizeram com que ela parasse em diversos caixas eletrônicos e shoppings e sacasse R$ 3.400 de sua conta. Dessa quantia, R$ 2.600 foram gastos na compra de dois pares de tênis de marca a pedido dos sequestradores. O celular e R$ 120 que estavam na carteira dela também foram roubados.

Para piorar, durante todo o trajeto a mulher foi ameaçada e agredida pelos criminosos. Ela afirmou ter levado tapas e empurrões no rosto.

Em uma das lojas do shopping, ela tentou chamar a atenção dos comerciantes discretamente para que eles notassem que havia algo errado. Não adiantou. Por sorte, em uma falta de atenção dos homens, a vítima conseguiu correr e se esconder em um banheiro feminino do shopping. Lá, ela foi amparada e recebeu a ajuda de um segurança. Os ladrões fugiram e o motorista do carro foi embora do local.

Envolvimento do motorista

A Polícia Civil investiga se o motorista do aplicativo está envolvido com o sequestro relâmpago. Segundo a vítima, que não quis se identificar, ele estava bastante nervoso e tremia muito. Em nota, a Uber ressalta que “sempre colabora com as investigações das autoridades competentes”. A empresa diz também que o motorista deste caso está suspenso até o fim das investigações.

Ainda de acordo com as autoridades, o carro utilizado não era do motorista, mas alugado. A prática é comum entre os usuários do aplicativo. Segundo o Estadão, a Secretaria da Segurança Pública não soube dizer se o motorista foi conduzido à delegacia.

Via UOL/Estadão