A Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial (Espec) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou inquérito civil público nesta semana para investigar um suposto vazamento de dados da Sky.

Um pesquisador de segurança eletrônica divulgou no início de dezembro a descoberta de um banco de dados publicamente acessível em que qualquer pessoa poderia visualizar informações pessoais de 32 milhões de clientes da operadora de TV paga.

O banco de dados incluía informações como nomes completos, e-mails, endereços, data de nascimento, telefones e informações sobre as assinaturas, como planos contratados e número de dispositivos utilizados, além de senhas criptografadas.

Segundo o pesquisador que fez a descoberta, Fábio Castro, havia 429 GB de API e 27 GB de informações de logs disponíveis no tal banco de dados. A Sky não se pronunciou publicamente sobre o caso, mas dias após a divulgação da denúncia, o banco de dados foi fechado para usuários com senha.

Na portaria de número 30/2018, que estabelece a abertura do inquérito civil público, o promotor de Justiça Frederico Meinberg, líder do Espec, diz que o MP tem como objetivo “investigar as circunstâncias do suposto incidente de segurança envolvendo o banco de dados da Sky Brasil, bem como apurar as responsabilidades pelos danos causados”.

O MP emitiu um ofício à Sky para informar sobre a abertura do inquérito e deve convocar Fábio Castro, o pesquisador que descobriu o suposto vazamento, para prestar esclarecimentos e fornecer mais informações sobre o caso.