A grande ameaça do ano de 2018 para computadores e celulares tem nome: são as criptomoedas. A empresa de segurança Kaspersky revelou que foram registrados mais de 5 milhões de infecções com mineradores de criptomoedas, que usam o poder de processamento dos dispositivos infectados para gerar dinheiro para o cibercriminoso.
A empresa nota que a essa altura, no mesmo período de 2017, apenas 2,7 milhões de infecções haviam sido registradas por mineradores de criptomoedas, mostrando que este tipo de ataque está crescendo de forma rápida. O salto registrado foi de mais de 83% em um ano.
No caso específico dos dispositivos móveis, como celulares e tablets, o aumento nas infecções é bastante preocupante, de modo que o número chegou a aumentar em mais de cinco vezes. Em 2017, foram verificados apenas 1.986 aparelhos afetados, enquanto em 2018 esse número chegou a 10.242.
Essa “popularização” dos mineradores indesejados de criptomoedas foi tão forte que a ameaça tomou a liderança como a principal ameaça do mundo, tomando o lugar dos ransomwares, que dominavam o mercado de malwares com folga em 2017. Boa parte disso se deve à instalação e uso de softwares não-licenciados, como apps pirateados, nota a Kaspersky.
“A correlação é clara: quanto mais fácil é distribuir software não licenciado, mais incidentes de malware para mineração de criptomoedas foram detectados. Resumindo, atividades que normalmente não são consideradas perigosas, como o download e a instalação de software questionável, sustenta o que, possivelmente, é a maior história de ciberameaça deste ano: o crescimento da mineração mal-intencionada de criptomoedas”, afirma Evgeny Lopatin, especialista em segurança da Kaspersky Lab.