O ataque cibernético que chocou o mundo na semana passada poderia não ter sido tão violento se a Microsoft fosse menos gananciosa. Pelo menos é o que sugere uma reportagem do Financial Times.

O jornal afirma que a companhia possuía uma atualização capaz de prevenir máquinas rodando versões antigas do Windows de caírem em esquemas como o WannaCry, que infectou um número superior a 200 mil computadores em mais de 150 países.

A salvação só não teria sido liberada porque a Microsoft vinha exigindo pagamentos que chegavam a US$ 1.000 (R$ 3.370) anuais por suporte personalizado, o que incluiria a ajuda contra esses golpes. A tal ferramenta eventualmente acabou liberada gratuitamente, mas milhares de pessoas já haviam sido afetadas.

Questionada pela CNET, a empresa não negou a situação, dizendo que “oferece suporte personalizado como uma medida tapa buraco”. “Para deixar claro, a Microsoft preferiria que as companhias atualizassem e percebessem todos os benefícios da versão mais nova [do Windows] em vez de escolherem o suporte personalizado”, completou.