O caso de estupro coletivo envolvendo 33 homens e uma jovem de 16 anos que ocorreu no Rio de Janeiro chocou o Brasil, reacendendo o debate da violência de gênero que ocorre no mundo todo. Um exemplo disso vem da Indonésia, onde, recentemente, o Ministério da Justiça divulgou que pretende implantar chips na pele de acusados de crime de estupro, permitindo que os estupradores sejam identificados em qualquer lugar mesmo após terem cumprido suas penas.

O projeto do país propõe a instalação de microchips no calcanhar dos acusados que são localizados por meio de GPS diretamente por bases policiais. Os dispositivos seriam instalados inicialmente nos acusados por abusar de crianças e adolescentes.

Apesar das propostas do governo da Indonésia, os chips subcutâneos ainda são uma tecnologia um pouco distante da realidade, por demandarem atualizações e manutenção. O mais próximo que se tem hoje são os modelos RFID, que podem ser implantados na pele, mas funcionam apenas para identificação em raio de poucos metros. Vale lembrar que esse formato já é utilizado em alguns países como Estados Unidos e Reino Unido como uma forma de identificar criminosos.

Essa não é a primeira vez que a Indonésia cogita a instalação de chips em pessoas para algum tipo de controle. Em 2008 o governo do país cogitou implantar dispositivos em pacientes soropositivos para possuir informações sobre a disseminação do vírus HIV, mas o projeto foi barrado pelas violações aos direitos humanos e a tecnologia inexistente.

 

Via GlobalPost