Luva inteligente converte língua de sinais em fala por meio de app

Sistema criado por especialistas da Universidade da Califórnia (UCLA) aprendeu a reconhecer 660 sinais em testes com surdos
Fabiana Rolfini30/06/2020 17h38, atualizada em 30/06/2020 18h00

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Especialistas da Universidade da Califórnia (UCLA) criaram uma luva de alta tecnologia capaz de converter, em questões de segundos, a Língua Americana de Sinais (ASL) em fala, por meio de um aplicativo para smartphone.

O sistema inclui um par de luvas com sensores finos e elásticos que envolvem todos os dedos. Por meio de fios elétricos embutidos nos sensores, o aparelho detecta os movimentos que representam letras, frases e números.

Os gestos então são transformados em sinais elétricos, que são enviados a um circuito localizado no pulso e depois transmitidos a um smartphone, responsável por transformá-los em palavras faladas em um ritmo de uma palavra por segundo.

Esta não é a primeira invenção do tipo, contudo, os sistemas produzidos até então eram pesados e desconfortáveis. Segundo os especialistas da UCLA, sua criação é leve, barata e duradoura.

Resultados dos testes

Os pesquisadores treinaram a luva e o app que a acompanha com quatro usuários surdos. Os participantes repetiram cada gesto manual por 15 vezes e um algoritmo personalizado de aprendizado de máquina transformou esses gestos em letras, números e palavras.

Além disso, os cientistas testaram colar sensores adesivos nos rostos dos usuários, em uma tentativa de capturar as expressões faciais que ajudam a compôr a linguagem de sinais norte-americana.

No total, o sistema aprendeu a reconhecer 660 sinais, incluindo cada letra do alfabeto e os números de zero a nove. Agora, a equipe planeja comercializar a tecnologia patenteada, se puderem acelerar ainda mais o tempo de tradução.

“Nossa esperança é que isso abra um caminho fácil para as pessoas que usam a linguagem de sinais se comunicarem diretamente com quem não usa, sem precisar de outra pessoa para tradução”, disse o professor Jun Chen, da UCLA. “Além disso, esperamos que isso ajude mais pessoas a aprenderem a linguagem de sinais”.

Via: DailyMail

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital