O iOS 11 está chegando, e quem já está testando a versão beta tem reparado em novidades a cada nova atualização liberada pela Apple. Desta vez, foi percebido um recurso que desativa discreta e temporariamente o Touch ID, evitando que seu dedo seja capaz de desbloquear o iPhone.

Trata-se de um atalho de emergência, que é ativado quando você aperta rapidamente o botão de liga/desliga do iPhone cinco vezes. Ao fazer isso, o aparelho exibirá a opção de ligar para os serviços de emergência ou de digitar seu código de segurança para reabilitar o TouchID. Até isso ser feito, o leitor de impressão digital não funcionará.

A Apple não divulgou o recurso, mas ele parece ser uma ferramenta de proteção para situações em que o usuário pode ser forçado a desbloquear o aparelho. Obviamente isso não seria útil diante de um bandido armado, que pode forçar o usuário a entregar a sua senha, mas pode ser uma opção para lidar com autoridades abusivas.

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Nos Estados Unidos, existe a crença de que uma pessoa suspeita não é obrigada a fornecer provas contra si. Assim, a polícia não pode pedir a senha de alguém para desbloquear o celular. No entanto, existe uma interpretação de que isso não se aplica para impressões digitais, sendo possível forçar alguém a colocar o dedo no sensor para liberar o dispositivo.

Essa política ganhou novas proporções com a ascensão de Donald Trump ao poder, com novas medidas de segurança em aeroportos, entre as quais estão a inspeção de celulares na imigração. Segundo o site Ars Technica, foram 5.000 celulares inspecionados apenas em fevereiro, o que é o dobro da quantidade verificada durante o ano de 2016 inteiro.

Isso dito, o recurso não deve ser uma solução definitiva contra esse tipo de ação, já que os oficiais de imigração podem reter os aparelhos por até cinco dias para obtenção de “assistência técnica”, mas ao menos serve para impedir outras pessoas de forçarem um usuário a desbloquear o dispositivo com seu dedo.