Recentemente, diversos casos de ransomware foram divulgados nos Estados Unidos. O site The Verge destacou ataques em cidades como Baltimore, Atlanta Geórgia e outras 22 cidades do Texas.
Bem antes desses ataques, houve uma invasão à capital do país, Washington, dias antes da posse presidencial. Um artigo do Wall Street Journal detalhou como os cibercriminosos Alexandru Isvanca e Eveline Cismaru assumiram o controle das câmeras de segurança da capital pouco antes da posse de Trump.
De acordo com o artigo, a ideia inicial dos hackers não era acessar as câmeras da polícia de Washington. A oportunidade surgiu por acaso. Segundo eles, tudo ocorreu logo após terem enviado milhares de e-mails contendo ransomware para uma lista de endereços comprados na dark web.
Acontece que, por acaso, um desses endereços estava diretamente ligado à polícia da capital. Ao fim de seu ataque, eles controlavam 126 dos 186 computadores da polícia de Washington que, por sua vez, controlavam as câmeras de segurança.
Após a invasão “acidental”, eles começaram a usar os computadores da polícia para alguns outros golpes e pequenos serviços, isso fez com que brechas fossem deixadas e eles pudessem ser identificados.
O primeiro uso, e que deixou as pistas, foi feito em um golpe preparado por Cismaru, que encomendou na Amazon um dispositivo para churrasco chamado “arma de fumaça”. Acontece que, como a compra foi realizada pelo computador da polícia, o número de rastreamento ficou registrado, o que permitiu que as autoridades pudessem visualizar o destino do pacote.
Isvanca também cometeu erros ao cobrir seus rastros. Ele pediu pizza usando o mesmo endereço de e-mail usado para invadir os computadores. Ao serem presos, Cismaru disse que era fácil invadir o sistema de vigilância da capital. “Os americanos são estúpidos”, afirmou ao Wall Street Journal.