Hackers conseguem piratear jogo da loja do Windows 10 pela primeira vez

Renato Santino15/02/2018 23h12

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Com o Windows 10, a Microsoft fez uma nova aposta em sua loja de aplicativos, com o objetivo de torna-la atraente para desenvolvedores de jogos para ser uma alternativa viável ao Steam. Até hoje, ela tinha uma vantagem clara: ser impenetrável contra a pirataria de jogos. Mas isso acabou de mudar.

Um grupo identificado como CODEX anunciou que conseguiu quebrar a segurança da Plataforma Universal do Windows (UWP), a plataforma de aplicativos capazes de rodar em múltiplas plataformas, e crackear o jogo “Zoo Tycoon Ultimate Animal Collection”, que tinha cinco camadas de proteção contra pirataria.

O grupo diz que é a primeira vez que um jogo do UWP a ter a proteção quebrada. “Nós gostaríamos também de apontar que isso só vai funcionar no Windows 10. Este jogo em particular depende da versão 1607 do Windows 10 ou superior”, afirmam os membros do CODEX.

A particularidade é que o grupo orienta os interessados a não permitirem que o jogo se conecte à internet para impedir que ele seja bloqueado, com a opção de bloqueá-lo no firewall do Windows ou simplesmente desligar a internet enquanto o jogo estiver aberto, como nota o site TorrentFreak.

“Zoo Tycoon Ultimate Animal Collection” não é exatamente um dos jogos mais importantes na loja da Microsoft, mas ainda assim é uma perda grande para a empresa, que, com a estratégia de integração do Xbox com PC tem lançado todos os seus exclusivos também para o Windows 10 por meio do UWP. A técnica poderia causar grandes prejuízos em lançamentos como “Crackdown 3”, o próximo “Forza” e qualquer outro lançamento que não dependa tanto de conexão com a internet.

Isso dito, a briga contra a pirataria é a eterna batalha de gato e rato. Certamente a Microsoft procurará descobrir e fechar todas as brechas usadas pelo CODEX para piratear o jogo para que as mesmas vulnerabilidades não possam ser usadas novamente no futuro. Ao mesmo tempo, os hackers continuarão procurando outros buracos que permitam o acesso gratuito indevido a jogos. É esperar os próximos capítulos.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital