Quando se fala em “hacker” muitas pessoas imaginam, incorretamente, pessoas de caráter duvidoso, que exploram falhas em softwares e sistemas para roubar dados ou extorquir empresas. Mas existe um outro lado da moeda, onde os hackers trabalham para aumentar a segurança de seus clientes. São os hackers éticos.
O indiano Shivam Vashist é um deles. O jovem de 23 anos ganha mais de US$ 500 mil por ano trabalhando de casa, procurando por vulnerabilidades nos sistemas, produtos e serviços de empresas que contratam a plataforma HackerOne para testar sua segurança.
Estas empresas tem um programa de recompensa pela descoberta de bugs, ou “bug bounty”. O valor a ser pago depende da empresa e da severidade do problema. O Google paga até US$ 1,5 milhão para bugs severos de segurança no Android que comprometam o chip de segurança dos smartphones Pixel, o Titan M.
A Apple expandiu recentemente seu programa de recompensas, incluindo também o macOS, e aumentou o prêmio máximo de US$ 200 mil para US$ 1 milhão. Um garoto inglês que descobriu recentemente um bug no Facetime enquanto organizava uma partida de Fortnite pode receber até US$ 200 mil.
Vashist começou a aprender mais sobre computadores e o mundo hacker aos 19 anos, ganhou sua primeira recompensa aos 20 e mais tarde também treinou seu irmão. “Em média passo cerca de 15 horas por semana hackeando. Mas isso varia de tempos em tempos, dependendo da minha agenda. Às vezes trabalho em algo continuamente por dias, enquanto outras vezes posso não “hackear” nada por semanas”, diz ele.
“Hackear me estimula quando consigo pensar em maneiras criativas de enfrentar os desafios e descobrir vulnerabilidades que ninguém ainda encontrou”, disse Vashist.
Fonte: Live Mint