Um novo programa do governo, intitulado de Dronepol, foi anunciado pelo Governador João Doria e o Secretário da Segurança Pública, o General João Camilo Pires de Campos, na última sexta-feira (12). O programa tem como objetivo a inserção de drones no atual sistema Olho de Águia para a transmissão de imagens ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), tudo de forma online. O programa Olho de Águia é um sistema que permite a captação, transmissão, gravação e gerenciamento de imagens de interesse da Segurança Pública, ou seja, monitora em tempo real os cenários encontrados durante a execução das atividades de policiamento.
O Dronepol, além de ser mais barato, possui algumas funções, como o zoom para se verificar detalhes de uma operação, câmera térmica, além do reconhecimento da área de atuação dos policiais. Doria declarou que “o custo operacional para drone de alta tecnologia é 140 vezes menor do que o custo operacional de um helicóptero Águia da Polícia Militar. A funcionalidade e eficiência chegam a ser superiores, dado ao fato que o drone pode fazer voos em baixa altitude.”
Para que seja implementado, o programa necessita de um orçamento estimado de R$6,3 milhões. A ideia é adquirir 208 drones para que o sistema possa funcionar de forma eficiente. Contando com os equipamentos já presentes na Polícia Militar, a adição dos novas unidades ao serviço faz subir para 250 o número de drones disponíveis. Os dispositivos têm previsão de ser entregues em outubro. A licitação será aberta ainda no primeiro semestre deste ano.
Para que o equipamento seja devidamente operado, os policiais devem passar por um Curso de Especialização de Operador de RPAS, que é oferecido pelo Comando de Aviação da PM e tem duração de quatro semanas, totalizando 180 horas/aula. O primeiro curso de 2019 foi iniciado no dia 11 de março e foi concluído no dia cinco de abril. Uma turma de 30 policiais foi formada.
Em 2018, foram realizados três cursos, que formaram 75 policiais militares e 15 núcleos operacionais. Um núcleo de operação é composto por, no mínimo, cinco policiais com até 20 anos de serviço. Desses 15 núcleos habilitados, apenas nove possuem os equipamentos necessários para operação. A previsão é que, até o final do ano, sejam formados 71 núcleos e os equipamentos cheguem para todos.
Veja um vídeo que mostra como o sistema irá funcionar:
Fonte: Governo do Estado de São Paulo