O Google pretende dar mais um passo para pressionar as fabricantes a atualizar o Android. Durante uma sessão no Google I/O nesta quinta-feira, 10, a gigante de buscas anunciou que vai incluir a liberação dos updates de segurança no contrato que faz com as empresas parceiras. Com isso, a expectativa é que os telefones fiquem mais protegidos contra ataques e falhas de segurança.

Na palestra “O que há de novo na segurança do Android”, o chefe da área responsável pela proteção do sistema, David Kleidermacher, revelou que a empresa está fazendo mudanças em suas políticas. “Nós também trabalhamos em incluir atualizações de seguranças nos contratos com nossas fabricantes parceiras. Isso vai levar a um aumento massivo no número de dispositivos, e usuários, recebendo correções regulares”, disse, conforme publicou o 9to5Google.

As tais “atualizações de segurança” às quais o executivo do Google se refere são pacotes liberados mensalmente pela empresa. Neles, estão contidas correções de bugs conhecidos da plataforma e também eliminações de brechas de segurança que possam ser exploradas por hackers. Ou seja, não se trata de liberar novas versões do Android, como o Oreo ou o futuro P (9.0), mas apenas consertos regulares.

Apesar do anúncio, ainda não se sabe se o Google pretende forçar o esquema de atualizações a cada 30 dias, o que parece pouco provável. Atualmente, as fabricantes são livres para escolher a periodicidade dos updates ou simplesmente não os liberar. A Samsung, por exemplo, possui uma lista de telefones atualizados mensalmente e outras a cada três meses, bem como aparelhos antigos que não recebem mais estas correções.

De qualquer forma, o anúncio da inclusão de uma cláusula no acordo entre Google e fabricantes para a liberação de correções de segurança é animadora. Afinal, a plataforma é um dos principais alvos de ataques e disseminação de vírus da atualidade.

Além dessa medida, o Google também lançou o Project Treble no último ano junto com o Android Oreo para fazer com que as fabricantes pudessem acelerar a liberação de novas versões do sistema. Resta saber se algo mudará em seu primeiro teste: a liberação do Android P.