Google defende buscador censurado na China após protesto de funcionários

Daniel Junqueira17/08/2018 12h44, atualizada em 17/08/2018 12h50

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O Google está preparando uma versão censurada do seu motor de busca para entrar no mercado chinês. O projeto desagradou funcionários da empresa, que pediram explicações aos executivos e receberam enfim uma resposta que fala um pouco mais sobre o que o Google pretende fazer para atuar dentro da China.

Recentemente, uma reportagem revelou que o Google trabalha em uma versão filtrada do serviço de buscas que esteja de acordo com exigências do governo chinês. Isso significa que assuntos considerados delicados pelo Partido Comunista Chinês vão ser eliminados das páginas de resposta, impedindo que usuários do país tenham acesso a informação livre de censura.

A história desagradou funcionários da empresa, que protestaram contra o projeto secreto de motor de busca censurado. Cerca de mil empregados assinaram um abaixo-assinado contra a iniciativa, e pediram mais transparência e consideração com direitos humanos envolvidos.

Agora, o CEO Sundar Pichai e o co-fundador Sergey Brin se explicaram para funcionários da empresa, segundo o BuzzFeed News. Em uma reunião com empregados, os executivos explicaram que o projeto por enquanto é só “exploratório” e está em “estágios iniciais”. O Google ainda estuda se vale a pena ou não lançar a versão censurada do produto dentro da China, e, se vier a lançar, não deve ser agora.

Ainda assim, o Google vê a China com bons olhos. E não é para menos – um quinto da população mundial está por lá. “Nossa missão é organizar a informação do mundo”, disse Pichai. “Eu acho que se vamos cumprir nossa missão direito, acho que devemos pensar seriamente em como fazer mais na China,” explicou o executivo.

Ex-editor(a)

Daniel Junqueira é ex-editor(a) no Olhar Digital