A economia brasileira continua mal das pernas, e o desemprego ainda é um grave problema para milhões de brasileiros. Isso gera transtornos secundários, como percebeu o Dfndr Lab, laboratório especializado em segurança digital da Psafe: neste ano houve um surto de golpes no WhatsApp utilizando a promessa de empregos como isca.

O novo estudo da empresa mostra que houve um aumento de 174% nesse tipo de ataque no período entre janeiro e outubro deste ano. No total, o volume de registros subiu de 861.962 para 2.368.296, com 10 novos links encontrados mensalmente relacionado a golpes relacionados a vagas falsas de emprego. A difusão acontece principalmente pelo WhatsApp.

Os objetivos com esse tipo de ataque são dois: obter dados pessoais das vítimas e ganhar acesso às suas credenciais em redes sociais. Com as informações pessoais, é possível, por exemplo, utilizá-las para realização de fraudes financeiras, como a solicitação de empréstimos em nome da vítima, abrir empresas ou fazer compras. Já com as redes sociais, é possível difundir o golpe para atingir mais pessoais por meio de publicações na timeline e acesso aos seus contatos.

O método, como nota o Dfndr Lab, é simples. Ele envolve a divulgação de links falsos muito parecidos com endereços de empresas famosas, com a substituição de alguns caracteres. Uma vez que a página foi acessada, a vítima é orientada a repassar o link para seus contatos e, na sequência, pode ser induzido a informar dados de acesso a redes sociais ou informações pessoais, como nome e CPF.

Emilio Simoni, diretor do Dfndr Lab, nota que ao longo das próximas semanas é possível que haja um novo pico de difusão desse tipo de golpe aproveitando as festas de fim de ano, quando há um crescimento nas vagas de trabalho temporárias, criando novas oportunidades para o cibercrime.