Golpe no WhatsApp afeta 300 mil brasileiros prometendo ovo de Páscoa grátis

Renato Santino06/04/2017 23h33, atualizada em 06/04/2017 23h40

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O WhatsApp se transforma em um vetor de ataques digitais cada vez mais usado pelo cibercrime. Um novo golpe detectado pela empresa de segurança PSafe atingiu 300 mil brasileiros em apenas 24 horas. Para atingir tantas pessoas, bastou prometer um ovo de Páscoa grátis.

Infelizmente, esse tipo de ataque já se tornou comum. A pessoa recebe uma mensagem de alguém conhecido (e possivelmente infectado) com orientações sobre uma suposta promoção; ao clicar no link, o usuário é convidado a preencher um questionário falso, compartilhar o link com amigos e fornecer informações pessoais que possam causar prejuízo financeiro, podendo cadastrar o número de celular em serviços pagos de SMS, ou baixar aplicativos maliciosos que deixam o celular vulnerável.

No caso do golpe do ovo de Páscoa, o esquema envolve a promessa de que as lojas da marca Kopenhagen estão distribuindo um Ovo Língua de Gato para quem participasse da promoção. Obviamente, não é verdade.

Reprodução

O pior problema desse tipo de ataque é que ele alcança rapidamente um público muito grande. São mais de 100 milhões de brasileiros no WhatsApp, e muitos deles não têm familiaridade com tecnologia para perceber quando estão sendo vítimas de um ataque.

A situação piora porque a mensagem normalmente vem de alguém conhecido, muitas vezes amigo ou parente, então já há uma relação de confiança prévia que facilita ainda mais a infecção. No caso do golpe do ovo de Páscoa, a mensagem pode incluir até mesmo um “acabei de receber o meu”, que passa uma pessoalidade que pode enganar os mais inocentes.

Reprodução

Infelizmente, esse tipo de ataque depende muito do bom senso do usuário e experiência que muitos não têm ao lidar com tecnologia. É sempre bom ficar atento com URLs estranhas que chegam com a promessa de alguma recompensa tentadora. Via de regra, empresas não gostam de distribuir gratuitamente seus produtos, especialmente algo tão caro quanto um ovo de Páscoa de uma marca grande, então o desconfiômetro é sempre a melhor pedida.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital