O julgamento do ex-presidente Lula realizado nesta semana é um fato marcante na história do Brasil, sem dúvida. E sabe quem adora fatos históricos? O cibercrime, que já começou a utilizar o acontecimento como isca para tentar infectar computadores e tentar lucrar iludindo pessoas que navegam de forma descuidada no Facebook.
A descoberta foi apresentada por Fabio Assolini, pesquisador de segurança da Kaspersky. Ele publicou em seu Twitter o ataque, que consiste em um post patrocinado no Facebook, que não filtra anúncios maliciosos até surgir alguma denúncia, se passando pelo portal de notícias iG, utilizando até mesmo o cachorrinho que é símbolo da empresa como imagem da página falsa. A publicação promete um vídeo do ex-presidente sendo conduzido para o 24º distrito policial.
A técnica tende a ser altamente eficiente por causa da notoriedade do caso. A essa altura, o Brasil está dividido em dois grupos que estariam amplamente interessados no vídeo: os entusiastas da prisão de Lula, que adorariam vê-lo preso, e os seus apoiadores, que ficariam revoltadíssimos com a cena. Ambos têm incentivos fortes para clicar no link.
Após entrar na página, o usuário é orientado a baixar e instalar um malware bancário em seu computador, que permitirá roubar informações sensíveis da vítima, resultando em prejuízo financeiro grave.
A dica em casos assim é a mesma: bom senso. Se, por um acaso, o ex-presidente Lula for preso, a informação estará por toda parte, em todos os sites noticiosos e na TV, independente de viés político. Evite clicar em links suspeitos que prometem uma informação tão exclusiva assim e, principalmente, não baixe nada de uma página desse tipo.