No início desta semana, o FBI emitiu um informe público para os cidadãos norte-americanos, recomendando evitar utilizar as conexões sem fio (Wi-Fi) de hotéis para fins de trabalho. O comunicado veio como uma resposta à crescente oferta de cadeias hoteleiras que passaram a oferecer hospedagem por períodos curtos para pessoas trabalharem remotamente – uma forma de contornar os prejuízos causados pela pandemia da Covid-19.
Segundo o órgão de investigação federal americano, as redes sem fio da maioria dos hotéis emprega más práticas de segurança digital, em alguns casos facilitando a intrusão de sistemas, roubo de informações e outros tipos de ciberataques perpetrados por hackers e malfeitores.
Para os cibercriminosos, um hotel com muitos hóspedes significa um alto volume de vítimas em um só lugar. Boa parte dos ataques a redes hoteleiras envolve um método conhecido como “gêmeo do mal”, onde um hacker cria uma conexão sem fio espelhada à do estabelecimento, porém configurada para o seu ataque.
Imagine que, por engano ou falta de atenção, um hóspede acaba se conectando a essa rede falsa e, em seguida, acesse a intranet da empresa onde trabalha. A partir daí, informações sigilosas estarão sob risco.
Alguns hotéis nos EUA começaram a oferecer hospedagens em quartos mais baratos, para pessoas que trabalham remotamente. Imagem: Reprodução/Pixabay
O FBI diz que, se você realmente precisar fazer uso dessa nova oferta dos hotéis, deve desconfiar de detalhes importantes:
- Dispositivos móveis como smartphones e tablets rodando de forma estranhamente lenta ou abrindo apps por conta própria;
- Redirecionamentos automáticos de páginas da web em grande volume ou ocorrendo em páginas onde, normalmente, não deveriam ocorrer;
- Janelas pop-up aparecendo com mais frequência que o normal ou em sites onde elas não costumam aparecer;
- Duração da bateria menor que o de costume;
- Cursor do mouse se movendo por conta própria;
- E-mails não desejados, spams, chamadas telefônicas ou mensagens de texto em excesso.
Todos os tópicos listados acima são sinais de que um ou mais dispositivos em sua posse possam estar comprometidos.
Além disso, o FBI reforça as dicas de sempre: sistema operacional e programas de defesa e antivírus atualizados para as versões mais recentes e todos os filtros possíveis configurados para priorizar a privacidade.
Fonte: PC Magazine