“A medida da inteligência está na sua capacidade de mudar.”
Albert Einstein (Físico teórico, 1879 – 1955)
Definir o que é inteligência é complexo, criatividade ainda mais e neste cenário incerto, desenvolver máquinas pensantes, capazes de ir além de copiar nossas ideias e conceitos, nossa forma de raciocínio e criatividade parece algo impossível. O grande salto evolutivo acontecerá quando por si só, uma máquina apresentar um comportamento novo, inesperado, o qual terá sido resultado de sua própria rede neural artificial. Ao que parece estamos muito próximos deste evento.
Autonomia significa agir de forma independente, ter liberdade para tomar as próprias decisões. Autonomia é uma prerrogativa de seres inteligentes. Entretanto, para sobreviver, todo ser vivo precisa combinar sua autonomia, com a memória de suas experiências e capacidade de adaptação. Um time de biogeologistas da Universidade de Tübingen, na Alemanha, analisou fósseis de Neandertais de 250 mil anos atrás e descobriu que nossos ancestrais, foram capazes de avançar suas capacidades de adaptação, até mesmo sem qualquer influência externa, no caso as mudanças climáticas. Nossos antepassados desenvolveram três métodos diferentes que foram usados para adaptação, caça e exploração dos recursos ambientais. A evolução nos trouxe até 2017.
No ano passado, um carro autônomo desenvolvido por pesquisadores da fabricante de chips Nvidia não seguiu uma instrução ou programa pré-concebido por um time de desenvolvedores. O que este carro fez para se deslocar pelas ruas de Monmouth County, na região central de New Jersey, foi algo inédito: ele seguiu um algoritmo que o ensinou como guiar, observando como nós humanos fazemos. Aos poucos, carros autônomos estão se adaptando a um dos ambientes mais dinâmicos e imprevisíveis de nossa sociedade. No hospital Mount Sinai de New York, o programa Deep Patient, depois de analisar 700 mil registros de pacientes, foi capaz de identificar padrões escondidos nos dados, como por exemplo pacientes com possibilidade de desenvolver câncer de fígado. Mas o que surpreendeu os médicos foi o Deep Patient antecipar o aparecimento de transtornos psiquiátricos tais como a esquizofrenia. Como a esquizofrenia é algo extremamente difícil até mesmo para médicos diagnosticarem, pesquisadores ainda não sabem como o Deep Patient foi capaz de chegar aos resultados. Estes eventos mostram que o grande salto evolutivo das máquinas teve início.
Seres humanos, algoritmos, máquinas pensantes, de quem será o futuro?
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