Você pode não estar tão seguro quanto imagina, mesmo protegendo seu histórico na web. Um estudo publicado nesta sexta-feira, 20, mostra que o feed do Facebook pode acabar revelando a sua identidade.

“Mostramos que o histórico de navegação pode ser ligado a perfis de redes sociais, como contas no Twitter, no Facebook e no Reddit”, explicam os pesquisadores das Universidades de Princeton e Stanford.

O modo anônimo dos navegadores costuma desabilitar o histórico de navegação e o cache. Assim, em teoria, o usuário consegue acessar a web anonimamente sem armazenar dados locais que podem ser recuperados. No entanto, é possível identificar sites visitados ao associar o endereço IP ao servidor web.

E há maneiras mais fáceis de acessar esses dados. Os pesquisadores mostram que empresas como o Facebook e o Google possuem dados de rastreamento dos usuários e podem divulgá-las a terceiros.

“Os usuários assumem que estão anônimos quando acessam sites de saúde ou notícias, por exemplo, mas a pesquisa mostra que as empresas de rastreamento podem encontrar maneiras de definir suas identidades”, explicam os responsáveis pelo estudo.

A equipe criou um algoritmo que compara os históricos anônimos de navegação a links que aparecem nos feeds de redes sociais e conseguiu identificar os usuários. “Nós mostramos – teoricamente, por meio de simulações e por meio de experimentos sobre dados reais de usuários – que os históriocos de navegação da web sem identificação podem ser ligados a perfis de redes sociais usando apenas dados disponíveis publicamente. Nossa abordagem é baseada em uma observação simples: cada pessoa tem uma rede social distinta, e, portanto, o conjunto de links que aparecem no feed é único”, contam os pesquisadores.

“Supondo que os usuários visitam links em seu feed com maior probabilidade do que um usuário aleatório, os históricos de navegação contêm marcas de identidade”, acrescentam.

O método não é perfeito e depende das informações divulgadas nos feeds das redes sociais, mas mostra que há chances de as pessoas serem identificadas mesmo que não queiram.

Via DailyMail