3 dicas simples para proteger a sua privacidade digital

Existem ferramentas simples de proteção das suas informações na era digital. Mas lembre-se: seus dados, suas responsabilidades
Redação16/06/2019 10h36, atualizada em 16/06/2019 20h00

20190226084527

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Como você se sente seguro? Uma câmera instalada na entrada do prédio? Alarme no carro? Muros e cercas? Essa é a realidade nas grandes cidades brasileiras, precisamos de certas proteções para nos sentirmos seguros. No universo digital, não é diferente, para proteger nossas informações e manter nosso privacidade precisamos de certas ferramentas.

Uma VPN protege a nossa localização, aplicativos de bate-papo criptografados nos asseguram de que dificilmente nossas conversas serão vazadas e a navegação incógnita nos dá a sensação de que não estamos sendo vistos digitalmente. Embora a privacidade total seja praticamente inatingível quando o assunto é a Internet, existem formas simples de proteção das nossas informações na era digital. Contudo, nossos dados, nossas responsabilidades.

Em alguns casos, ações muito simples podem evitar que terceiros tenham acesso aos dados dos seus dispositivos e contas de serviços online. Desde a adoção de uma senha de desbloqueio do seu celular, por exemplo, à criptografia completa do seu aparelho. Neste artigo, vou mostrar algumas iniciativas que farão com que você recupere o controle sobre quem tem acesso aos seus dados.

#1 Proteja suas contas

Há praticamente duas semanas, o caso do suposto hackeamento do celular do ministro da Justiça e de outros membros do judiciário brasileiro acendeu o sinal vermelho sobre segurança digital no país. É claro que este é um caso extremo e nem todos os cidadãos precisam de fato se preocupar com serem hackeados. Contudo, uma forma simples e fácil de evitar que terceiros tenham acesso às suas contas é o uso de senhas.

No passado, ter uma senha ou duas para todos os serviços online era suficiente, contudo, hoje, com a grande demanda de produtos digitais, nossas senhas precisam ser variadas e com um grau de complexidade muito maior. Logo, esqueça as datas de nascimento ou sequências como “123456”.

Nossa sugestão é utilizar um gerenciador de senhas. Dois serviços bastante populares são o LastPass e o 1Password, ambos disponíveis para Android e iOS. Este aplicativos podem gerar senhas complexas, monitorar contas, sugerir alterações de senhas fracas e sincronizar as senhas entre outros dispositivos.

O processo de configuração é simples e, depois de fazer os ajustes necessários, você não precisará mais se preocupar com mudanças futuras. O mais importante aqui é, claro, criar uma senha bastante forte para uso destes aplicativos, caso contrário, perdemos todo o sentido de utilização destas ferramentas.

Reprodução

Uma segunda forma de proteger suas contas, como emails e chats de bate-papo, é através da autenticação em duas etapas. O Google e o Facebook oferecem este tipo de proteção, o WhatsApp e o Telegram também. Logo, sempre que possível, ative esta camada extra de segurança. Este tipo de ferramenta faz com que você possua mais controle sobre as suas contas.

#2 Mantenha o software dos seus dispositivos atualizado

Um software atualizado significa segurança. Assim como existem pessoas e empresas trabalhando em sistemas de proteção mais complexos, existem aqueles que trabalham no sentido oposto, ou seja, de quebrar tais sistemas. Logo, computadores, modems e celulares com o software desatualizado são alvos fáceis para invasão.

Apple, Microsoft, Google e qualquer empresa na área de desenvolvimento de aplicativos enviam pacotes de segurança mensalmente aos usuários, ou com menos regularidade, mas como parte de uma grande atualização. Esses pacotes, além de incrementar as funções e a interface do sistema, também adicionam novas e mais eficazes camadas de segurança que, normalmente, são muito melhores do que softwares antivírus.

Se você estiver utilizando um iPhone, da Apple, pode ativar as atualizações automáticas em Configurações > Geral > Atualização de Software. No Android, do Google, as atualizações de segurança estão disponíveis abrindo Configurações > Sistema > Avançado > Atualização do sistema (podendo mudar de acordo com a fabricante do seu smartphone).

Para atualizar os aplicativos presentes no seu smartphone, acesse a Google Play Store, no Android, ou a App Store, no iOS. Desta forma, você poderá atualizar todos os aplicativos com update pendente ao mesmo tempo. Crie uma rotina semanal de verificação por atualizações dos aplicativos instalados no seu aparelho. O mesmo vale para o navegador no seu computador.

#3 Proteja a sua navegação na web

Se você quer ter privacidade no ambiente digital, a primeira coisa é se importar com os seus dados de navegação. Cada anúncio, botão de rede social e site coleta informações sobre a sua localização, os seus hábitos de navegação e mais. Logo, mesmo que você não compartilhe nas suas redes sociais questões privadas, através do rastreamento dos seus hábitos digitais, é possível que empresas criem um perfil seu e passem a ditar aquilo que você consome.

A nossa dica aqui é usar softwares capazes de bloquear anúncios e a coleta de dados. Pessoalmente, utilizo o navegador Brave e, quando preciso abrir o Chrome, tenho ativada uma extensão para bloquear publicidade, o popular Ad Blocker. A Apple já oferece este tipo de recurso ativado no navegador Safari.

Dessa forma, você estará limitando que terceiros tenham fácil acesso aos seus dados de navegação na web.

E se você deseja configurar manualmente alguns dos serviços como Amazon, Netflix, Google, Facebook e outros, para não recolher dados sobre você, poderá sempre acessar as configurações destas plataformas e “desativar” (opt out) tais ajustes ativados por padrão. O canal “Simple Opt Out” dá uma bela ajuda neste sentido, pois reúne um atalho para as configurações de várias plataformas, nos quais é possível fazer isso rapidamente. O site está em inglês, mas é de fácil entendimento.

Usar uma rede privada virtual, conhecida por VPN, pode ser uma boa opção também. Essa sugestão é especialmente bem-vinda para quem usa redes Wi-Fi públicas. As VPNs adicionam uma camada de segurança à sua navegação quando o HTTPS não está disponível.

Como disse no início deste artigo, as VPNs também servem para dar mais privacidade ao seu provedor de serviços de Internet e ajudar a minimizar o rastreamento com base no seu endereço IP. Porém, é preciso dizer que a sua atividade na web passará pelos servidores do provedor de VPN. Logo, escolha um serviço seguro, de preferência, pago. No entanto, se você deseja começar a usar uma VPN gratuita, nossa equipe criou uma lista das melhores VPNs gratuitas, confira aqui.

É claro que não basta apenas usar as ferramentas de segurança e privacidade que estão a nosso dispor, precisamos também criar uma consciência de proteção no ambiente digital. Por isso, suspeite sempre de links em e-mails, mensageiros e mídias sociais prometendo descontos e serviços gratuitos. Ao utilizar um serviço no seu celular, como o banco online, não o campo da senha em público ou mesmo enquanto estiver conectado a um rede pública. Pequenas ações podem evitar grandes dores de cabeça.

Outro comportamento que você deve evitar quando o assunto é privacidade digital é a vinculação das suas contas do Facebook, Spotify ou Instagram para utilização de serviços de terceiros. Essas três redes sociais armazenam muitos dos seus hábitos e, ao vincular uma delas a outras plataformas, tenha certeza, você estará sendo analisado.

Passe a integrar essas ferramentas ao seu cotidiano e crie uma rotina de hábitos seguros na web, assim, você estará no controle da sua privacidade digital.

Com informações de Wirecutter.com

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital