Dizem que bastam 21 dias repetindo uma mesma ação para que ela se torne um hábito. Esse prazo pode ser mais curto ou mais longo, dependendo da complexidade da tarefa, segundo o psicólogo Jeremy Dean, autor do livro Making Habits, Breaking Habits (Criando Hábitos, Quebrando Hábitos, em tradução livre), mas, essencialmente, a criação de um costume parte de um primeiro passo, que damos, exatamente neste momento, na Symantec Brasil.
Com a casa já organizada, é hora de incutir dois hábitos: planejamento e disciplina, nos quais estará alicerçada a sustentabilidade da empresa. O primeiro serve para traçarmos um caminho e, o segundo, para garantir que ele seja seguido.
Esses dois hábitos foram traduzidos em três importantes alterações que fizemos em nosso esquema de gestão e posicionamento de mercado. O primeiro deles é relacionamento, já que nenhuma empresa compra segurança de prateleira. Para que esse contato saia do discurso e vá para a prática – afinal, a indústria inteira de TI fala há anos sobre essa necessidade – criamos uma base de clientes ativos ou em potencial e desenvolvemos um calendário de visitas trimestrais. E não vamos com o objetivo de oferecer nossas soluções: queremos entender como estão as coisas, o momento de negócios do cliente. Qualquer proposta será enviada como mera consequência. Para que isso funcione, elencamos que uma pessoa será a interface de cada conta, porque não adianta termos 15 profissionais diferentes, entre técnicos e gerenciais, fazendo as visitas. Isso não gera engajamento, confiança e, tampouco, relacionamento – e incomoda mais do que ajuda.
A segunda é a promoção de uma hierarquia mais direta: entre mim e o account manager há, apenas, o country manager. Antes, eram três, quatro níveis, dificultando a tomada de decisões e a interação. Como o líder pode compartilhar suas ideias, engajar e inspirar seu time se não há um contato direto com os colaboradores? Se queremos estar mais perto do cliente, seria uma contradição não estarmos, também, mais próximos da equipe. Afinal, é ela quem representa a marca na ponta e é preciso um alinhamento total de discurso, objetivo e pensamento. Sem contar que, na medida em que as pessoas trabalham de forma mais próxima, conseguem ser mais produtivas.
Se temos pessoas certas, produtos adequados e disciplina nos processos, o mercado pode estar mais ou menos frio, que os resultados, invariavelmente, vêm. Onde se põe foco há retorno, não tem mágica. É matemática: definimos algumas ações e, a soma delas, gera um resultado. Seja em 21 dias, seja em um ano.