Conheça o campeonato de projetos tecnológicos mais inúteis do mundo

Renato Santino25/05/2016 21h50, atualizada em 25/05/2016 22h00

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No meio da tecnologia, quem não inova, morre. Isso gerou uma corrida pela próxima grande novidade imensa, e fez com que várias empresas começassem a criar novidades sem sentido, apenas para dizer que “inovaram”.

San Francisco, nos Estados Unidos, no coração do Vale do Silício, é o berço de muitas ideias estapafúrdias. Para celebrar e criticar esta cultura da inovação pela inovação sem sentido, foi realizada uma competição: quem consegue pensar no projeto mais inútil?

Essa é a ideia do hackathon “Stupid Shit No One Needs & Terrible Ideas” (“Coisas estúpidas de que ninguém precisa e ideias terríveis”), que chegou à sua quarta edição. Em eventos anteriores, surgiram coisas como o adblocker reverso que substitui todo o conteúdo de uma página por anúncios.

O Olhar Digital decidiu vasculhar a última edição para descobrir os projetos mais esdrúxulos. Alguns deles podem ser experimentados, enquanto outros não passaram de um projeto desenvolvido para uma brincadeira e não foram publicados na internet. Confira abaixo:

A água frita

Água e óleo não se misturam, principalmente se o óleo estiver quente. No entanto, se você envolver a água com uma película de alginato de sódio e cloreto de cálcio, que envolve o líquido e não se desfaz facilmente, permitindo segurar a água, empaná-la e colocá-la para fritar em óleo.

É uma boa ideia? Claro que não, mas isso não impediu que Jonathan Lee Marcus e seu colega Peter Dilworth fizessem mesmo assim. Fica a dica: não faça isso em casa. Se, por um acaso, a bolha estourar dentro do óleo, pode haver uma explosão que causará queimaduras.

Role para vencer

Quem não tem o hábito de ficar rolando o Facebook para ver novos posts de páginas e de seus amigos? Que tal transformar isso em um jogo? Essa ideia estúpida veio de Amber Hancock e Rhett Creighton, que criaram o Scroll Score: role a tela eternamente para ganhar pontos. O jogo funciona como uma bela paródia de vários jogos free-to-play encontrados nos celulares atualmente, em que o jogador não tem um objetivo final, mas ele pode pagar para pontuar mais rápido.

Você pode se divertir neste link.

O screamsaver

Todo mundo precisa de um descanso de tela, certo? Deixar o monitor ligado quando não tem ninguém usando é um desperdício de energia, então é bom dar um jeito de apagar a tela quando necessário. O Screamsaver é o pior modo de fazer isso; nascido do trocadilho que mistura “scream” (grito) com “screensaver” (protetor de tela), o software permite que você coloque seu laptop em repouso com um berro. Sim, basta gritar para ele ir dormir. Deliciosamente inútil.

O inception de games

O NES, conhecido no Brasil pelo apelido Nintendinho, é um dos consoles mais bem-sucedidos da história. Mario é uma das franquias mais queridas da indústria de videogames. Realidade Virtual é a tecnologia do momento.

O projeto “NES: The Game” faz uma salada com tudo isso. David Beckley cria um NES em realidade virtual, mas em vez de jogar Mario em uma tela virtual, você controla um Mario sobre um controle de NES que controla o personagem na tela. Que mistureba, hein?

Serentripity

Um projeto fascinante para quem quer descobrir lugares novos. Coloque o seu endereço atual no site e receba instruções de como chegar a pé em outro lugar aleatório. Qual lugar? Você só vai descobrir quando chegar lá. Pode ser na esquina da sua casa; pode ser a 10 quilômetros de distância. Embarque nesta aventura!

YID: seu grito como mouse

Já passou da hora de a humanidade criar um método de input de informações mais preciso do que o mouse. E se, em vez de clicar, você gritasse com seu computador? Imagine como os escritórios ficariam se todos gritassem em vez de clicar, que maravilha. O projeto YID é exatamente esse, usar o grito e o barulho como método de input.

Faça cocô no lugar dos seus sonhos

A ideia do PoopVR.biz é dar a sensação de que você pode fazer cocô onde você quiser. Quer ir ao banheiro na lua? Você pode! Quer fazer o número 2 na era dos dinossauros? Você também pode. O mais interessante é que é possível de fato usar um celular e um Google Cardboard para, de fato estar nestes lugares em realidade virtual.

Você pode fazer o teste neste link.

Flappy Bird… mas com gritos

Você já acha difícil jogar Flappy Bird? É natural, o jogo foi feito para ser frustrante e irritante. Mas e se, em vez de tocar na tela, você gritasse em um microfone? Mais desafio, mais diversão! É a ideia do projeto Screamy Bird, realizado por Glen Chiacchieri.

Se você quiser deixar seus amigos e parentes preocupados com sua saúde mental, você pode testar o jogo neste link.

Escute os gritos de desespero do seu celular

Poucas coisas nesse mundinho tecnológico são tão tristes quanto ver seu celular caindo no chão e se espatifando. A ideia do aplicativo Fallr, para Android, é que o seu smartphone consiga dar o último grito de desespero antes de se chocar contra o solo. Sim, ele dá um berro quando está caindo e já é tarde demais para resgatá-lo. E, se você deixá-lo no modo silencioso, ele envia uma mensagem de texto pedindo socorro. Que tal?

Para os forever alone

O aplicativo NobodyTextedYou subverte os conceitos mais básicos dos aplicativos de mensagens e lhe envia uma notificação toda vez que você NÃO recebe uma mensagem, lembrando sempre que tudo é solidão não é uma opção e que nada neste mundo faz sentido. Lembra bastante o projeto de alarme de Está Tudo Bem, criado por Homer Simpson, que dispara de tempos em tempos para afirmar que não há problemas.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital