Em abril deste ano, a Cloudflare, empresa de tecnologia de redes, anunciou um serviço de VPN chamado Warp, que seria disponibilizado gratuitamente em versão “freemium” para usuários do seu app, o 1.1.1.1, o que significa que ele conta com alguns recursos limitados, com uma opção com serviços mais avançados pagos. Não deu certo. A empresa encontrou tantos problemas que só agora conseguiu tirar o plano do papel e lançar sua VPN.

O serviço já deveria estar aberto ao público há muito tempo, mas só foi disponibilizado para todos agora. O Warp, que é a versão gratuita, não possui limitação de largura de banda. Enquanto isso, a Cloudflare também oferece o Warp+, uma versão melhorada do serviço grátis, que custa R$ 7,90 mensais para quem tiver interesse.

VPNs são um assunto sério, e o anúncio de que uma empresa está oferecendo um serviço do tipo sem custos é sempre motivo (justo) para desconfiança. A CloudFlare afirma que não vai guardar dados identificáveis dos usuários e não pretende coletar informações para venda de anúncios direcionados. Veja as promessas da companhia:

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  1. Não gravar registros identificáveis do usuário em disco;
  2. Nunca vender dados de navegação ou usar os dados de qualquer forma para direcionamento de anúncios;
  3. Não requerer qualquer informação identificável para criação de registro (como número de telefone ou e-mail) para uso do Warp ou Warp+;
  4. Trabalhar regularmente com auditores externos para garantir que essas promessas estão sendo cumpridas.

A empresa promove o Warp como um serviço de VPN para o usuário comum, que não precisa de muitos recursos avançados, mas que pretende ganhar alguma privacidade a mais e evitar que seu tráfego seja interceptado e analisado pela operadora ou por outras pessoas no meio do caminho. Ele conta só com um botão “ON/OFF”, então não é possível escolher por onde o tráfego será roteador, de forma que não há como usar o serviço para driblar restrições geográficas para, por exemplo, acessar a Netflix dos Estados Unidos.

Quando o serviço foi revelado, a empresa logo se viu com uma fila de espera de 2 milhões de usuários interessados em experimentar o Warp. À Wired, Matthew Prince, CEO da Cloudflare, conta que os testes foram realizados em caráter limitado em San Francisco e Austin, nos Estados Unidos, mas quando o serviço foi colocado no mundo real, muitas coisas começaram a dar errado. Agora, no entanto, a empresa crê estar à altura do que havia prometido inicialmente.

Para experimentar o Warp, é necessário baixar o aplicativo 1.1.1.1 da Cloudflare para o seu celular, disponível para Android e para iOS.