Cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, desenvolveram uma inteligência artificial capaz de reconhecer gestos humanos. Combinando visão computacional e equipamentos eletrônicos semelhantes à pele, a nova tecnologia pode melhorar consideravelmente o entendimento das máquinas sobre a comunicação humana.
Existem diversos robôs de reconhecimento de fala, mas até que eles consigam decifrar nosso gestual, até mesmo a IA mais sofisticada perderá partes importantes da comunicação humana. O reconhecimento de gestos por sistemas de IA foi uma criação valiosa na última década, sendo adotado por robôs cirúrgicos de alta precisão, sistemas de jogos e equipamentos de monitoramento de saúde.
Esses sistemas foram aprimorados com a chegada de sensores vestíveis – que simulam a capacidade de detecção da pele, melhorando o treinamento da IA – aliados às imagens captadas pela visão computacional.
Equipe fabricou um sensor de deformação transparente e extensível que adere à pele, mas não pode ser visto nas imagens da câmera. Imagem: NTU Singapura
Como funciona?
Muitas inteligências artificiais são focadas apenas em entender a fala, deixando a questão gestual em segundo plano. Isso faz com que a máquina não tenha tantas informações para interpretar.
Por isso, a equipe da Universidade Tecnológica de Nanyang acabou com a robótica pesada e revestiu as mãos dos pesquisadores com um sensor elástico que se ajustava à forma das mãos, de acordo com a pesquisa publicada na revista Nature Electronics.
O sistema resultante não é um mestre das comunicações, e é um pouco cedo demais para esperar que algum algoritmo realmente compreenda todos os aspectos de uma conversa. Mesmo assim, a equipe diz que teve sucesso em seu trabalho: os pesquisadores conseguiram guiar um robô por um labirinto usando apenas gestos manuais, mostrando que a máquina foi capaz de compreender o significado dos gestos.
É interessante ver como as máquinas estão evoluindo, mas não podemos esquecer que ainda vai levar algum tempo para sistemas inteligentes entenderem exatamente o que estamos falando.
Via: Futurism