A chinesa, Yujing Zhang, que foi presa no resort Mar-a-lago, do presidente de Donald Trump, carregando USB que continha malwares no final de março, teve seu julgamento de fiança feito na semana  passada. Em audiências, os promotores afirmaram que Zhang é um “sério risco de voo” e que “mente a todos que ela encontra”. Seu defensor, entretanto, disse que ela não tentou esconder os celulares que portava e que “o governo não tem nenhuma razão para acreditar que Zhang é uma espiã”. A decisão sobre libera-la ou não sob fiança acontecerá na próxima segunda-feira (15/4). 

No dia da prisão, a mulher disse que estava indo a um evento de um homem chamado “Charles”, com quem havia conversado no WeChat. Acredita-se que esse homem seja Charles Lee, cuja organização deveria realizar um evento no resort, o qual foi cancelado posteriormente. No tribunal, o advogada de defesa mostoru um recibo provando que Zhang havia tranferido 20 mil dólares para uma organização que supostamente seria de Lee. 

Contudo, a descoberta de tanta tecnologia e dinheiro no quarto de hotel levanta muitas suspeitas. Dois passaportes diferentes da Republica da China, quatro celulares, um laptop, um disco rígido, um dispositivo de detectar câmeras escondidas, vários cartões de crédito e débito e US$ 8.000 em dinheiro, além de US$ 700 em moeda chinesa estavam entre os pertences da mulher. 

Um agente do Serviço Secreto testemunhou na audiência que, quando um analista foi checar o pendrive, teve que cancelar a operação no meio para não ter seu dispositivo invadido. Apesar de não existirem provas concretas, uma reportagem do The New York Times no ano passado afirmou que a China e a Rússia buscavam locais com falha de segurança para grampear as ligações de Trump – e o Mar-a-lago seria um local perfeito para fazê-lo. 

Durante o final de semana da prisão, o presidente norte-americano estava no resort, porém havia saído para jogar golfe enquanto todo incidente acontecia. Com nada provado, ambos os lados terão que esperar a decisão da Justiça. 

Via: The Verge