A tecnologia já dominou todas as relações da vida humana, como trabalho, estudo, lazer e, inclusive, as relações sexuais. Há algum tempo a empresa Svakom lançou o Siime Eye, um vibrador conectado à internet e equipado com uma câmera.

Porém, empresa de segurança Pen Test Partners descobriu que o dispositivo inteligente é vulnerável a hackers, que podem acessar a câmera do aparelho. Segundo os pesquisadores, o maior problema do brinquedo sexual é que ele é configurado como um ponto de acesso Wi-Fi, deixando os usuários ainda mais expostos.

Os hackers podem usar nomes de pontos de acesso para geolocalizar dispositivos, e com certa facilidade descobrir a senha de acesso para a rede. A Pen Test Partners também encontrou informações que poderiam ser usadas para acessar o servidor da Svakom, codificado no aplicativo.

Mas o Siime Eye não é o único produto vulnerável no mercado. A i.Con Smart Condom é um dispositivo capaz de recolher diversas informações sobre o seu desempenho sexual, que podem ser compartilhadas através de um aplicativo.

Além disso, a Standard Innovation, empresa que fabrica a linha de vibradores conectados We-Vibe, precisou pagar uma indenização de US$ 3,75 milhões em uma ação coletiva devido à sua prática de armazenar dados dos dispositivos em seus servidores sem permissão dos usuários.

“Isso é algo muito particular”, afirma o fundador da Pen Test, Ken Munro. “Uma coisa é ter o seu endereço de e-mail comprometido; outra coisa é ter a sua senha hackeada; e uma outra coisa é ter seu cartão de crédito roubado. Mas este é um nível de invasão de privacidade totalmente novo”, explica.

[CNET]