De 2015 até 2021 o cibercrime custará para o mundo US$ 6 trilhões por ano. Os dados foram divulgados pela Cybersecurity Ventures, umas das principais pesquisadoras sobre economia global cibernética, que reúne fatos, números e estatísticas sobre o tema. Este valor representa a maior transferência da história e poderá chegar a ser mais lucrativo que o comércio de drogas ilícitas.
Com o avanço das tecnologias, que trouxeram maior facilidade de compartilhamento de informações, velocidade e interatividade entre os usuários, também houve um aumento de ataques cibernéticos, como recentemente o caso do Collection #1, no qual endereços de e-mails de 773 milhões de pessoas e mais de 21 milhões de senhas foram vazadas na internet.
A troca excessiva de informações digitais pode ter consequências, principalmente nas redes sociais. É por isso que é aconselhável limitar o acesso ao que outras pessoas podem ver, revisar as permissões concedidas com certa regularidade e configurar as opções de privacidade disponíveis em cada uma das redes sociais. Nesse sentido, o mais seguro é sempre evitar publicar o que você não gostaria que o público visse.
Por isso, é essencial manter hábitos de segurança da informação para que se possa aproveitar a tecnologia com mais tranquilidade. Abaixo, listei as atitudes que um usuário não pode deixar de tomar para ficar seguro online:
Realize backup das informações mais importantes de forma regular
Nunca se sabe quando podemos ser vítimas de um malware ou algum problema que possa afetar nossos dispositivos, realizar o backup de suas informações é fundamental. De acordo com pesquisa recente da ESET, 87% dos usuários fazem backup de suas informações, principalmente em HDs externos e na nuvem, escolhendo prioritariamente documentos de trabalho ou estudo, fotos e senhas. Apesar de ser um número alto, o backup precisa ser uma unanimidade. Proteja suas informações, e não espere algum problema para perder seus arquivos.
Não compartilhe ou envie arquivos antes de verificar se são seguros
O compartilhamento de anexos e links infectados via e-mail, WhatsApp, redes sociais e outros serviços é mais comum do que se possa imaginar. É essencial, antes de direcionar qualquer arquivo para os seus contatos, verificar ser a fonte é confiável.
Atualize as senhas e utilize autenticação de dois fatores
Alterar as chaves de acesso para cada uma das contas pode evitar complicações. A SplashData divulgou sua pesquisa anual que mostra as senhas mais utilizadas pelas pessoas ao longo de 2018. A primeira posição ficou com a senha “123456”, seguida por “password”, que é a tradução da palavra “senha” em inglês. É o quinto ano consecutivo que estes acessos figuram no topo de ranking.
Portanto, tente criar senhas robustas, ou seja, que incluam números e o mínimo de 8 caracteres, e usar combinações diferentes para cada serviço. Para ajudá-lo a lembrar várias senhas diferentes, você utilizar um gerenciador de senhas. Com essa ferramenta, é possível armazenar o nome de usuário e a senha de cada plataforma e atualizar as informações toda vez que fizer uma alteração.
Além disso, muitos sites, como o Gmail, facebook, Instagram, Twitter e outras plataformas, possuem o duplo fator de autenticação, que é uma camada de segurança adicional que ajuda a impedir que alguém acesse suas contas sem o seu consentimento. Sempre que possível, é importante adotar essa medida.
Atualizar dispositivos
Uma das primeiras coisas que devemos fazer quando nos referimos à segurança informática é garantir que o computador esteja com a mais recente versão do sistema operacional e dos programas de software.
Essa atitude é imprescindível para prevenir ataques como o do ransomware WannaCry, que se aproveitou de uma fragilidade em computadores baseados em Windows. Isso ocorreu, pois, muitos usuários do sistema operacional da Microsoft ainda não haviam instalado patches e revisões recomendados pelo fabricante. Essa atualização é fundamental para impedir que o sistema fique vulnerável, o que minimiza as oportunidades para cibercriminosos extraírem dados dos usuários.
Todo o cuidado com as informações que divulgamos ou repassamos é imprescindível para nos manter seguros. Além disso, pense como um cibercriminoso: as informações que você compartilha podem ser usadas contra você? Caso a resposta seja sim, melhor não compartilhar.