O Banco Inter conseguiu um acordo para encerrar um processo pelo vazamento de dados de seus clientes. Com isso, a ação movida pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) em julho deste ano chega ao fim com o pagamento de R$ 1,5 milhão de multa.

O valor será dividido em duas partes. A fatia mais gorda, de R$ 1 milhão, será destinada a órgãos públicos voltados para combate ao crime cibernético, sendo que o valor deverá ser revertido para a compra de equipamento e software. As instituições serão indicadas pelo MPDFT. Essa quantia deverá ser depositada até 31 de julho de 2019.

Já o restante do valor será destinado a instituições de caridade. Ainda não foram definidas quais

A investigação do MPDFT concluiu que o vazamento de dados atingiu 19.961 correntistas do banco, sendo que mais da metade dos afetados (13.207 clientes) tiveram informações sensíveis expostas, o que inclui dados bancários como número de conta, senhas, endereço, CPF e número de telefone.

Para piorar, a brecha também expôs informações de clientes de outros bancos. Foram 4.840 correntistas de outras companhias que também foram afetados por fazerem transações com usuários do banco Inter.

Relembre o caso

O caso veio a público em maio deste ano, após um hacker contatar o site Tecmundo com 40 GB de informações roubadas de clientes do banco. A empresa se apressou em negar o ocorrido, afirmando estar sendo vítima de extorsão neste caso. A empresa também afirmava que não verificou comprometimento de sua segurança no ambiente externo ou dano à sua estrutura tecnológica. Os clientes que questionavam a empresa sobre o caso eram informados de que se tratava de uma matéria mentirosa.

Em agosto, no entanto, o MPDFT concluiu, após investigação, que houve, sim, vazamento de dados. O órgão abriu um processo contra a companhia, no qual exigia o pagamento de R$ 10 milhões pela brecha. No fim das contas, o processo deve ser extinto com o pagamento de apenas 15% do valor originalmente desejado pelo MP.