De acordo com um anúncio da Apple, a empresa contratou novamente o especialista em segurança digital e criptografia Jon Callas em maio. A contratação aconteceu após a intensa briga da Apple contra o FBI para garantir a privacidade e segurança dos iPhones.

Callas trabalhou na Apple pela primeira vez na década de 90. Em seguida, ele saiu e voltou à empresa em 2009, e ajudou na criação de um sistema de encriptação de dados armazenados em computadores Macintosh. Ele saiu novamente da empresa em 2011 e voltou, mais uma vez, em maio deste ano.

No último período em que ficou fora da Apple, Callas trabalhou na empresa Blackphone, criadora do smartphone de mesmo nome, que tinha segurança e privacidade como foco. O dispositivo rodava uma versão modificada do Android chamada de PrivatOS. A empresa chegou a lançar duas versões do Blackphone, voltadas para o mercado corporativo.

Inviolável?

A volta de Callas à Apple sugere que criptografia e privacidade continuam sendo pontos importantes para a empresa. No começo do ano, o FBI tentou obrigar a Apple a violar a segurança de seus iPhones para ter acesso a um dispositivo que, possivelmente, poderia oferecer dados relevantes a uma investigação. A empresa se negou e o FBI mais tarde deixou o caso de lado após conseguir hackear o aparelho sem a ajuda da empresa.

De acordo com a Reuters, Callas não é favorável a que empresas sejam obrigadas pelo governo a hackear seus próprios produtos criptografados. No entanto, ele entende as necessidades das autoridades é acredita que é válido que elas próprias encontrem vulnerabilidades na criptografia para hackeá-los, contanto que elas divulguem as vulnerabilidades à empresa em seguida, para que elas possam ser corrigidas.