Apple quer capturar impressão digital e fotos de ladrões de celular

Renato Santino25/08/2016 22h32, atualizada em 25/08/2016 22h50

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O santo Graal da indústria de smartphones é a criação de um recurso que torne verdadeiramente impossível roubar um celular e sair ileso. Várias tentativas já foram implementadas, mas nenhuma delas é realmente 100% eficaz. Talvez um novo método da Apple possa ser a nova medida de proteção contra roubos: armazenar impressões digitais, fotos, vídeo e áudio do ladrão.

O processo foi detalhado por meio de uma nova patente registrada pela empresa que ainda não foi aplicada a nenhum produto, mas a julgar pelo documento, poderia dar as caras de agora em diante.

O sistema é bem simples, na verdade. O celular já conta naturalmente com um leitor de impressão digital, o TouchID, microfone e câmera frontal; só é necessário ativar tudo isso sem que o criminoso perceba. Então, só é preciso enviar estas informações, junto com a localização do aparelho, para as autoridades.

Em um dos esquemas demonstrados no documento, os dados biométricos começam a ser capturados após a primeira tentativa incorreta de digitação de senha. Em outra situação mostrada na patente, a coleta de dados só seria feita após um número predeterminado de tentativas erradas.

Outras possibilidades que não constam no documento, mas que poderiam ser usadas, por exemplo, é quando o aparelho se separa de algum outro dispositivo confiável, como um relógio inteligente. Assim, quando o iPhone percebesse que se separou do relógio, ia entender que foi roubado e poderia repassar estas informações para a polícia.

Contudo, este recurso é no mínimo polêmico do ponto de vista jurídico, já que envolve coletar informações sem permissão da pessoa que está usando o aparelho, que pode até mesmo ser o usuário legítimo que porventura possa ter errado a senha de acesso do aparelho.

Ainda é importante observar que se trata de apenas uma patente, o que significa apenas que a empresa quer proteger esta ideia e apenas talvez usá-la no futuro. Também possível que a ideia nunca seja aplicada em nenhum produto da companhia e o documento fique para sempre perdido em uma gaveta.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital