O Anonymous não é o primeiro grupo hacker a enfrentar os membros do Estado Islâmico. De acordo com informações da agência Reuters, desde o início do ano diversas equipes têm como foco destruir a comunicação entre os extremistas realizadas pela internet.
O Ghost Security Group, por exemplo, afirma que desde janeiro têm derrubado milhares de contas no Twitter, além de rastrear as operações na Deep Web que apoiam o EI. “Nosso trabalho é de inteligência”, explica o diretor executivo do grupo, que não quis se identificar. A infiltração do grupo teria descoberto informações importantes e ajudado a identificar apoiantes do Estado Islâmico em diferentes localidades.
O Ghost Security teria descoberto também ataques iminentes na Tunísia e ajudado a acabar com células militantes do grupo.
Ele revela que as agências de segurança dos Estados Unidos apreciam a ajuda. Questionado sobre uma possível aprovação do trabalho desses grupos, o general reformado, Mike Hayden, ex-diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA) e da Agência Central de Inteligência (CIA), afirmou: “Oficialmente, não. Mas a legislação norte-americana é tão restrita que eu tenho certeza que o pessoal no governo aprova secretamente isso, como eu aprovo.”
Atividade ilegal
Especialistas do governo dos Estados Unidos alertam que, apesar de bem intencionados, os hack e os ataques que têm como objetivo derrubar um site continuam sendo ilegais, não importa o alvo. No final das contas, a ação pode acabar prejudicando pessoas que desejam ajudar.
Um dos líderes do Ghost Security afirma, no entanto, que o grupo não tem mais como foco derrubar os sites do Estado Islâmico, e sim a reunião de informações importantes, com o objetivo de traçar novas estratégias. “Recuamos o serviço bruto e trabalhamos agora na coleta de dados de inteligência”, revela.