Ano de 2016 prova que sua senha não protege mais nada

Renato Santino29/12/2016 16h25

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Um dos alertas que a indústria de tecnologia faz há anos é de que as senhas não são mais suficientes para proteger ninguém. E o ano de 2016 fez o favor de lembrar a todo mundo que isso é mais verdade do que nunca. Uma senha não tem mais o poder suficiente para manter seus dados seguros.

O ano foi recheado de casos de perfis online de destaque hackeados, incluindo os de grandes CEOs da tecnologia. A situação mais notória foi a de Mark Zuckerberg, que teve três contas pessoais invadidas ao longo do ano, no Twitter e no Pinterest (duas vezes). Sundar Pichai, CEO do Google, também teve sua conta no site Quora invadida. O Twitter da Netflix foi hackeado neste mês.

A questão é que os métodos de ataque de força bruta têm ficado cada vez mais sofisticados, tornando mesmo as senhas mais complexas fracas quando se trata de um ataque direcionado. Mesmo os grandes nomes da tecnologia têm sido incapazes de manter seus perfis seguros com apenas uma palavra-chave.

Para piorar a situação, os casos de vazamentos de senhas têm se tornado cada vez mais frequentes e notórios. Recentemente, o Yahoo revelou que 1 bilhão de contas tiveram seus dados roubados, mas o fato é que esse tipo de brecha acontece toda hora, e muitas delas não chegam ao nosso conhecimento. A sua combinação de e-mail e senha já pode estar circulando na internet sem você saber em uma dessas listas, só esperando alguém fazer o teste.

Assim, a recomendação que deixamos para 2017 é para que ative a autenticação em duas etapas em todos os serviços que for possível para manter-se seguro. Uma senha mais forte pode te ajudar um pouco, mas o que realmente pode fazer diferença é não a repeti-la nos outros serviços que você usa. Assim, se uma conta online sua for invadida, pelo menos o hacker não ganhará acesso a outras com a mesma combinação de e-mail e palavra-chave.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital