Amazon é condenada após hacker invadir speaker e reproduzir ‘gemidão’

Invasor do dispositivo tocou gemidos sexuais no aparelho da Amazon de uma brasileira por mais de 24h sem parar
Redação21/05/2019 22h37, atualizada em 22/05/2019 00h30

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Enquanto alguns hackers usam suas habilidades tecnológicas para realizar grandes roubos, outros preferem gastar seus esforços com brincadeiras no mínimo estranhas. Um deles supostamente invadiu um dispositivo equipado com a Alexa, assistente pessoal da Amazon, para fazer o aparelho transmitir gemidos sexuais – o popular “gemidão”, que fez sua marca entre usuários do WhatsApp. Poderia ser até só uma piada inofensiva, mas a Justiça condenou a empresa em primeira instância nesta terça-feira (21) pelo ocorrido.

O processo exige que a gigante de comércio online entregue os dados de identificação do suposto hacker. A ação foi movida por uma cliente brasileira, que ganhou o equipamento de presente. A invasão hacker no dispositivo teria acontecido enquanto a usuária estava em viagem.

O aparelho emitiu os gemidos por mais de 24 horas sem parar, fazendo vizinhos da dona reclamarem, e só cessou depois que o dispositivo foi desligado. De acordo com o processo, os sons voltaram a tocar semanas depois. Pessoas que escutavam chegaram a afirmar que “os barulhos seriam reais e não meras reproduções”, o que deixou a cliente constrangida.

A mulher não tem pretensões de responsabilizar a Amazon e sim o invasor. Por isso pediu na Justiça que a empresa fornecesse os dados do hacker para poder identificá-lo e processá-lo.

Para se defender, a companhia argumentou que, como o dispositivo não é vendido no Brasil, o contrato de venda não se submete às leis brasileiras. Alegou também que, por ser uma subsidiária, não tem acesso às informações do invasor pedidas na ação.

O juiz do caso, Carlos Alexandre Aguemi não aceitou a defesa da Amazon e determinou, no último dia 10, que a multinacional forneça os dados à cliente em até 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 500 em caso de descumprimento. A companhia ainda pode recorrer da sentença.

Fonte: Folha de S. Paulo

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital