O Periscope e o Twitter estão trabalhando em parceria para desenvolver uma inteligência artificial capaz de entender e descrever o que está sendo transmitido nos vídeos ao vivo da plataforma. Segundo a MIT Tech Review, o algoritmo está sendo desenvolvido pela equipe Cortex do Twitter.
A principal ideia por trás do algoritmo é facilitar que usuários da plataforma encontrem vídeos e transmissões que estejam de acordo com seus interesses. Isso porque muitas vezes os usuários do Periscope não inserem títulos descritivos em suas transmissões. A transmissão de um incêndio, por exemplo, pode ter um título como “Meu Deus!” em vez de “incêndio na rua X”.
Se a inteligência artificial for capaz de identificar o incêndio, por outro lado, ela poderia marcar adequadamente a transmissão. Ela poderia, ainda, identificar o endereço do incêncio, por meio dos dados de localização do usuário, e enviar uma notificação para o corpo de bombeiros, agilizando o atendimento e auxiliando no resgate das vítimas.
Computador proprietário
Em termos de hardware, a inteligência artificifial consiste em um computador proprietário do Twitter. Diferentemente dos computadores tradicionais, segundo o The Next Web, ele é composto inteiramente por placas de vídeo (GPUs). Essas placas têm vantagens sobre os processadores tradicionais na execução de tarefas de identificação de imagens.
O computador recebe as imagens e procura identificá-las com essa função. Em seguida, ele também reporta seus achados a outro algoritmo, este voltado para aprendizado de máquina. Isso permite que o computador mostre resultados cada vez mais precisos.
Filtragem
Identificar as imagens sendo transmitidas ao vivo também permitirá que a inteligência artificial realize uma filtragem dos resultados de busca mostrados aos usuários do Periscope. Isso permitiria, por exemplo, que a rede deixasse de destacar transmissões ao vivo que violassem as suas diretrizes de comunidade.
Essa medida também teria o efeito colateral de desincentivar usuários a traansmitir imagens contrárias a essas diretrizes. Cenas de violência ou sexualmente explícita poderiam ser desativadas, ou ao menos omitidas, pelo algoritmo – dessa forma, não faria sentido transmití-las.