A web está mudando. Agora, cada vez mais o tráfego de internet está se tornando mais criptografado e difícil de interceptar, como observou o Google, que tem sido um grande apoiador de uma adoção mais massiva do protocolo HTTPS.
Uma breve explicação. O protocolo HTTP, que acompanha a internet desde seus primórdios, não tem criptografia. Isso significa que se alguém mal-intencionado estiver conectado na mesma rede que você, como em um Wi-Fi de um shopping, por exemplo, ele pode interceptar tudo que você acessa e envia para um servidor usando esse protocolo desprotegido. Se você digitar uma senha de banco, ela pode ser roubada. Isso também pode acontecer em outros pontos do trajeto entre o seu dispositivo e o servidor.
O HTTPS é uma evolução desse sistema, representado pelo cadeadinho verde na barra de endereço do seu navegador. Ele cifra o tráfego entre seu dispositivo e servidores de modo que é impossível (ou pelo menos muito difícil) descobrir o que está transitando por ali, mesmo se alguém estiver conectado na mesma rede que você.
O Google tem ajudado na popularização do HTTPS com o Chrome. A empresa começou a alertar que todos os sites que não usem esse sistema são considerados “Não seguros”. Desta forma, a empresa criou um incentivo à adoção ao protocolo, tornando a navegação mais segura para todos.
A medida entrou em vigor no ano passado, e as mudanças já são notáveis:
- 64% do tráfego do Android já é protegido, em comparação com 42% registrados há um ano
- Mais de 75% do tráfego do Chrome no ChromeOS e no MacOS já são protegidos (era 60% e 67% respectivamente no ano passado)
- 71 dos 100 maiores sites na web já usam o HTTPS como padrão, contra apenas 37 do ano passado
O Chrome, no entanto, não foi a única forma encontrada pelo Google de “coagir” páginas a abraçarem o HTTPS. A empresa também implantou medidas que favorecem sites protegidos em seu buscador, o que pode ser visto tanto como um incentivo quanto como chantagem. De qualquer forma, a web está um pouco mais segura hoje do que há um ano.